Renan convoca reunião de emergência e mantém leitura do parecer favorável ao impeachment

09/05/2016 13:56 Política
A sessão ocorrerá nesta segunda-feira, dia 09.
A sessão ocorrerá nesta segunda-feira, dia 09.

O presidente do Senado Renan Calheiros vai manter a sessão no Senado nesta segunda-feira (09) para a leitura do parecer favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, informa à Rádio CBN. Além disso, foi convocada para 16h (horário de Brasília) uma coletiva de imprensa em que ele comentará o assunto e deve responder à principal dúvida deste momento: se devolverá ou não o processo à Câmara.

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Hoje, Renan convocou reunião de emergência e discutiu a anulação do processo feita pelo presidente da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão com outros parlamentares e decidiu manter o calendário na Casa. Maranhão resolveu anular sessões da Câmara, incluindo a que decidiu pela admissibilidade do impeachment, no dia 17 de abril, ao acolher recurso da Advocacia-Geral da União (AGU).

O presidente da comissão especial do impeachment no Senado Raimundo Lira (PMDB-PB) informou que, até o momento, está mantida a orientação para ler o parecer do colegiado favorável à continuidade do procedimento contra Dilma.

Segundo Raimundo Lira, a decisão de Maranhão tem efeito "essencialmente político", já que o processo de impeachment seguiu na Câmara o rito previsto na Lei 1.079/1950 [Lei do Impeachment], o Regimento Interno e as normas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "O presidente que presidiu a sessão da admissibilidade [Eduardo Cunha] estava no pleno exercício do seu direito, de suas funções. Ele foi afastado da função de presidente a posteriori. Não tem como mudar o calendário do tempo. Ele agora jamais poderia presidir uma sessão da Câmara dos Deputados. Mas à época, repito, ele estava no pleno exercício dos seus direitos constitucionais", destacou.

Para Raimundo Lira, a decisão de Waldir Maranhão "não tem nenhum valor". "Não há brecha jurídica para o presidente [da Câmara] tomar uma decisão dessa magnitude. É apenas uma decisão, repito, essencialmente política, sem efeito prático", destacou.

 

Fonte: Lara Rizério e Rodrigo Tolotti Umpieres, repórtere

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