Suplente de Delcidio, Pedro Chaves é ligado a família Bumlai
O suplente do senador Delcídio do Amaral (PT), o empresário Pedro Chaves, conhecido pela atuação na área educacional de Mato Grosso do Sul, tem ligação direta com a família do pecuarista José Carlos Bumlai, preso pela Operação Lava Jato, na mesma semana que Delcídio, em Brasília, estando agora na sede da Polícia Federal, em Curitiba.
A filha de Pedro Chaves, Neca Chaves Bumlai, é casada com Fernando Bumlai, filho do pecuarista. Tanto Delcídio, como José Carlos Bumlai, estão sendo investigados pela Operação Lava Jato. No caso do senador, ele foi acusado de tentar atrapalhar a investigação, ao tentar arquitetar repasse financeiro para família de Nestor Cerveró, e até combinar um plano de fuga, para que o ex-diretor da Petrobras, não firmasse uma delação premiada.
Já no caso de Bumlai, foi acusado por outro delator, Fernando Baiano, por intermediar negócios envolvendo empresas e a Petrobras, além de empréstimos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que podem ter sido irregulares.
A Polícia Federal inclusive chegou a realizar busca e apreensão na casa da filha de Pedro Chaves, que é casada com Fernando Bumlai, em Campo Grande, no dia da prisão do pecuarista, onde foi realizada ações nas mansões da família Bumlai. Nesta oportunidade foram levados malotes com documentos, até agora não divulgados pela Operação Passe Livre.
Pedro Chaves entra nesta história, pois tem grandes chances de assumir a vaga de Delcídio, no Senado Federal. Após o afastamento de 120 dias ou até em uma possível cassação do mandato do petista, ele seria seu substituto e terceiro representante de Mato Grosso do Sul, no Senado Federal.
Trajetória - O empresário tem um ótimo relacionamento tanto no mundo político, como dos negócios. Ele começou na educação no começo dos anos 70, assumindo direção escolar, depois criou o Cesup (Centro de Ensino Superior de Campo Grande), que depois se transformou na Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), sendo esta vendida em 2007, para o grupo Anhanguera.
No campo político, iniciou justamente com Delcídio, quando aceitou ser o seu suplente na eleição de 2010, onde o petista foi eleito ao Senado, em primeiro lugar. Depois chegou a assumir a articulação política em Campo Grande, na gestão de Alcides Bernal (PP) no final de 2013, e permanceu junto com o prefeito até este ser cassado pela Câmara Municipal, em março de 2014.
No mesmo ano atuou na coordenação geral da campanha do senador, em 2014, na disputa do governo estadual, em que foram derrotados no segundo turno.
Doações - De acordo com o site UOL, Chaves teve a sua disposição R$ 9,5 milhões doados por empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato, entre elas a Odebrecht, que repassou R$ 2,9 milhões, em dados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Como pessoa física, o empresário doou R$ 350 mil a campanha de Delcídio, em 2014.
A equipe do Campo Grande News entrou em contato com Pedro Chaves, mas ele não atendeu as ligações.
Fonte: Leonardo Rocha, do Campo Grande News
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