Vereadores chamam de covardes pessoas que os criticam através das redes sociais
Na última sessão, terça-feira (01), o Vereador Givanildo Spessoto Rondina (PMDB), chamou de covardes as pessoas que utilizam de suas contas em redes sociais para acompanhar e dar sua opinião nas diversas matérias veiculadas pelos meios de comunicação de Itaporã (MS), que ultimamente trazem à tona o espalhafato que vem tomando conta das reuniões legislativas da cidade.
“( ... ) As pessoas que criticam é as pessoas que queriam estar aqui, vereador Gladstone, não tem coragem de por a cara no poste, não tem coragem de ir la e colocar seu nome. Ficam em redes sociais, se acovardando atrás da saia da mulher muitas vezes. Eu vejo pessoas que tem compromisso junto à administração pública querendo fazer média com o prefeito, querendo fazer média com aquele um, aquele lá. Fique lá nas redes sociais que é melhor, sabe por que? Porque são covardes, não têm coragem de chegar no vereador (...) a pessoa quando não tem coragem, ela tem que falar em redes sociais (...) porque rede social que eu vejo muitas vezes, sou conhecedor, só serve pros covardes se esconderem atrás delas”, enfatizou Givanildo.
Suas palavras foram endoçadas pelo vereador Juarez da Silva Barreto (PSDB), que usou-se do tempo cedido por Rondina, para criticar a atitude de algumas pessoas, inclusive citando seus nomes e insinuando que quem criticou foi estimulado por ter cargo junto a administração.
“... acompanhando as redes sociais, vejo pessoas que me criticaram, mas são tudo pessoas que estão sendo beneficiadas pela administração, igual o Sr. Rodrigo Vaz (...) infelizmente querendo desmoralizar o vereador, mas hoje está sendo beneficiado pela administração. Sr. Diorges, está sendo beneficiado, a namorada está sendo beneficiada. Talvez a namorada não tem coragem de ir pras redes sociais cobrar o vereador, manda o namorado”, finaliza Barreto.
“Por a cara em poste, é para as figuras de bandidos procurados pela justiça em um período distante, onde quem ainda ousa se referenciar, deveria estar. Hoje o mundo evoluiu, graças às tecnologias, podemos registrar um fato ao vivo, compartilhar em vários sites de notícias e redes sociais e simultaneamente o cidadão se faz presente aos acontecimentos. Apenas pessoas corajosas e com sede de aperfeiçoamento social, ousam a publicar seus comentários, não ao modo arcaico dos postes, mas sim diretamente no conteúdo do texto em questão, com posts. Isso é democracia, isso é liberdade de expressão. Qualquer conduta com intuito de repudiar, censurar ou intimidar essas manifestações, é ultrajante e um ato de desrespeito ao direito constitucional de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. Na visão de alguns legisladores, as redes sociais (Twitter, Facebook, Orkut, Pinterest, etc) são nocivas à perpetuação de seus mandatos, pelo simples fato de pessoas ‘comuns’ poderem gritar, apoiar, criticar, sem que sejam encarceradas. Pois esses sites representam a igualdade entre as pessoas. Um indivíduo quando se sujeita à cargo público, deve estar disposta a receber as críticas que a função traz. Explanar minha opinião no Facebook é meu direito e vou fazer sempre que quiser, pois dentro da casa de leis o povo não tem voz, e até corre risco de sair algemado. Quero parabenizar os veículos de comunicação que trazem até nós assuntos que antigamente ficavam ocultos”, disse Diorges Rocha em entrevista para o iFato.
Por mês, são repassados à câmara, 7% das verbas constitucionais recebidas pelo município, cerca de R$ 157.000,00, das quais 60% estão comprometidas com ótimos salários, para uma função que não deveria ser encarada como profissão, e sim como encargo passageiro de quem se comprometeu a servir ao próximo; a representar a vontade popular; a colaborar para os destinos do país (Leia a PEC que trata do assunto). Esperamos que ao menos nosso investimento tenha retorno à altura e não vejamos os servidores no povo querendo ser seus senhores.
Caro leitor, mostre que você tem coragem, e continue exercendo seu direito de participar dos assuntos relacionados à todos nós, seja acompanhando as sessões na câmara, cobrando os prefeitos, vereadores, deputados, governadores, etc, pessoalmente, por telefone, email, comentários em redes sociais, da forma que você quiser e achar melhor, claro que sempre com muito respeito, haja vista que seu direito acaba quando começa o do outro.
Fonte: iFato
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