Propriedades com menos de dez hectares cresceram 39% em MS
Principal linha de financiamento contratada no Estado diz respeito a agricultura familiar (Foto: Aline Lira)
Investimentos na agricultura familiar, durante os últimos dez anos, fizeram crescer o número de propriedades com menos de dez hectares em Mato Grosso do Sul. O dado, ainda parcial, integra o Censo Agropecuário 2017 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No período, os estabelecimentos agropecuários com essa característica passaram de 13.398 para 18.631 (+39,05%), mas representam somente 2% do território do Estado ainda ocupado por áreas superiores a mil hectares (76,1%) e entre cem e mil (20,2%).
José Aparecido de Lima, coordenador técnico do censo, ressaltou que essas propriedades menores tratam-se de assentamentos rurais e também de produtores da agricultura familiar.
Linhas de financiamento contratadas por quem trabalha no campo, inclusive, demonstram que o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) tem atendido 60,61% dos 70.710 estabelecimentos agropecuários no Estado. Elas tem sido contratadas, basicamente, para custeio e investimentos na produção local.
Em Mato Grosso do Sul, no ano passado, foram aprovados 3.392 projetos pelas regras do Pronaf, totalizando R$ 106,3 mil destinados a pequenos, médios e grandes produtores.
Sobre a propriedade das terras, nos últimos dez anos houve o avanço do arrendamento de 5,2% para 11,6% sobre a área estadual de 29,1 milhões de hectares. Próprias somam hoje 69,8% do território e as concedidas por órgãos fundiários sem titulação definitiva são 20%.
Censo - Com a quarta maior área de estabelecimentos agropecuários no país, Mato Grosso do Sul apresentou problemas somente na coleta de dados na região do Pantanal, por conta de condições climáticas adversas e dificuldades de acesso na planície alagada.
O período de referência apresentado nessa parcial vai de 30 de setembro de 2016 a 1º de outubro de 2017, havendo a recusa de 134 dos 70.710 estabelecimentos pesquisados.
Tal estudo serve para nortear políticas públicas com base em dados como características das atividades agropecuárias, do produtor e do estabelecimento, economia e emprego no meio rural, pecuária, lavoura e agroindústria. Com sua atualização quinquenal, desde 1920, este acabou prejudicado em 2010 e 2015 devido a cortes orçamentários do governo federal.
Fonte: Kleber Clajus / Campo Grandes News
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