Quatro municípios de MS lideram ranking do plantio de eucalipto no país
Áreas de pastagem deram espaço, nos últimos dez anos, ao plantio de eucalipto em Mato Grosso do Sul. Quatro municípios lideram o ranking nacional, conforme os dados parciais do Censo Agropecuário 2017 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Selvíria são os três maiores produtores de eucalipto do país, seguidos pela paranaense Piraí do Sul e a sul-mato-grossense Brasilândia. Esse fato seria reflexo do aumento das florestas cultivadas de 704.553 para 950.420 hectares (809%) entre 2006 e 2017. Já pastagens recuaram 14,3%, de 14.834.578 para 12.706.916 hectares.
Engenheiro agrônomo e coordenador técnico do censo no Estado, Henrique Noronha disse que pode haver correlação entre o aumento do plantio e o de trabalhadores permanentes no segmento agropecuário. "Contudo, mais para frente teremos condição de avaliar", ressaltou, uma vez que o levantamento usa dados de junho e prossegue até setembro deste ano.
Também foram listadas como principais culturas temporárias a cana-de-açúcar e o milho, sendo que a primeira ampliou-se de 150 mil para 674 mil hectares. Seringueiras, por sua vez, passaram a representar 18 mil hectares e o uso de agrotóxicos cresceu 36,3% apesar do Estado ter o oitavo maior percentual do país de produtores que declaram não utilizá-los.
Censo - Com a quarta maior área de estabelecimentos agropecuários no país, Mato Grosso do Sul apresentou problemas somente na coleta de dados na região do Pantanal, por conta de condições climáticas adversas e dificuldades de acesso na planície alagada.
O período de referência apresentado nessa parcial vai de 30 de setembro de 2016 a 1º de outubro de 2017, havendo a recusa de 134 dos 70.710 estabelecimentos pesquisados.
Tal estudo serve para nortear políticas públicas com base em dados como características das atividades agropecuárias, do produtor e do estabelecimento, economia e emprego no meio rural, pecuária, lavoura e agroindústria. Com sua atualização quinquenal, desde 1920, este acabou prejudicado em 2010 e 2015 devido a cortes orçamentários do governo federal.
Fonte: Kleber Clajus / Campo Grandes News
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