Álcool sem ressaca? Cientista afirma que isso é possível
E se você pudesse encarar a sensação de alegria e euforia gerada pelo álcool, mas sem nenhum dos seus fatores negativos? Parece improvável, mas um pesquisador americano diz ter chegado à solução perfeita, que possibilitaria que as pessoas pudessem voltar para casa dirigindo em segurança e nem mesmo teriam que enfrentar ressaca no dia seguinte.
David Nutt, que já foi consultor do governo dos EUA, diz ter criado uma substância que recria os efeitos positivos já citados do álcool no corpo humano, mas sem os riscos de problemas de saúde e do vício, o que ele considera uma "séria revolução na saúde".
A utilização da substância atinge o cérebro, causando as sensações de prazer e tontura que normalmente acompanham o consumo do álcool. Entretanto, outra informação importante: há um antídoto que a pessoa pode tomar a qualquer momento, que cura esta sensação em alguns minutos, o que, em tese, permitiria que ela dirigisse um carro ou realizasse outras atividades que alguém alcoolizado jamais deveria fazer.
"Parece ficção científica, mas estas ambições estão dentro dos limites da neurociência moderna", explica ele no respeitado jornal britânico Guardian.
No artigo publicado, ele afirma ter identificado cinco compostos que precisam ser testados para saber se os usuários consideram seus efeitos tão agradáveis quanto os do álcool. "O desafio é criar drinks que sejam tão gostosos e atraentes quanto os alcoólicos. Provavelmente eles serão feitos em forma de um coquetel, então eu prevejo vários sabores diferentes", conta ele.
Ele diz já ter testado com sucesso as suas fórmulas em si mesmo. Um dos compostos causou sensação de relaxamento e sonolência por uma hora. Após tomar o antídoto, ele voltou ao normal em alguns minutos e ficou pronto até mesmo para dar uma palestra sem nenhum tipo de dificuldade.
O pesquisador aponta que o álcool atinge um sistema neurotransmissor apelidado de Gaba (Ácido gama-aminobutírico), que relaxa o cérebro e, portanto, o seu usuário. Estas outras substâncias agem neste mesmo neurotransmissor, causando o mesmo efeito, mas sem os danos do álcool. Ele prevê que a droga poderia chegar ao mercado em dois anos, mas a pesquisa precisa ser bancada por alguém ou alguma empresa.
Fonte: Olhar Digital
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