Alimentação e exercícios

22/01/2014 09:32 Saúde

“Corto os carboidratos? Como usar suplemento e qual posso tomar? O que faço com os alimentos proteicos?” Com o assunto da última coluna, É Suplemento ou Bomba? O Que é o Quê?, recebemos muitos questionamentos. Para sanar a maioria das dúvidas, vamos começar entendendo os erros alimentares mais comuns na prática de atividade física.

Lembrando: não existem respostas genéricas para certas questões. Por exemplo, sobre os carboidratos, uma pessoa que passe a maior parte do seu dia em pé e se movimentando, como um educador físico, precisa de mais alimentos energéticos do que uma pessoa que fica mais sentada, como um médico em seu consultório. O certo é que ajustemos a ingestão com as atividades diárias e as variáveis metabólicas (idade, altura, histórico de peso).

Não faça exercícios negligenciando a alimentação. O combustível que você manda para dentro, para esse corpo se movimentar, desempenha papel fundamental nos resultados almejados, ele pode potencializar seu motor ou fundi-lo rapidinho.

Nesse contexto, não siga dietas da moda. Estas tendem ao fracasso, ou porque são complexas, ou por não levarem em conta suas necessidades ou mesmo seu cotidiano. Por isso, procure manter uma dieta simples, que seja adequada a sua rotina.

Outro erro clássico é fazer exercícios em jejum, pulando refeições. Quando treinamos em jejum, inicia-se a mobilização das reservas de carboidratos do fígado.

Ocorre, em seguida, a queima das proteínas utilizadas pelos tecidos ou convertidas em energia rápida. Após esta fase, seu corpo prioriza finalmente a queima de gordura corporal. Se o jejum prosseguir por muito tempo, intensifica-se novamente o catabolismo proteico, ou seja, a utilização de proteínas dos seus músculos, mas desta vez de forma mais acentuada e danosa.

O jejum também deixa o corpo em um estado econômico. Com isso você terá menos gasto energético do que estivesse se alimentado. Além disso, a maioria não consegue se adaptar de forma eficiente, devido à pouca energia circulando no sangue – nesses casos, o organismo procura se proteger, induzindo desmaios e tonturas.

A alimentação antes dos exercícios físicos deve ser rica em carboidratos e com baixo conteúdo de gordura. Devem ser escolhidos alimentos de fácil digestão e pouco fibrosos: aqui é um dos únicos horários que aconselhamos a preferência por alimentos à base de “farinha branca” (pães, cereais, etc.).

E, depois do exercício, em que aspecto muita gente falha? Aqui, o erro é acreditar que depois de treinar você “merece” se fartar de comida, como se você tivesse algum crédito por ter feito exercícios. Nesse momento você deve optar por alimentos de alta qualidade proteica (carnes, ovos ou proteína de soja), bem como não se esquecer daqueles ricos em fibras, vitaminas e minerais (verduras, frutas, e gorduras de alta qualidade). Assim, garantimos um processo recuperativo e que acelere a sua produção de tecido muscular.

Por fim, não tome suplemento de forma aleatória, negligenciando a alimentação. Pensando em hipertrofia, o uso de um suplemento proteico vai depender do seu peso e da soma de todas as proteínas da sua alimentação de rotina. Pois, se os valores do suplemento ultrapassam suas necessidades, o que viraria músculos converte-se em gordura corporal.

Comer bem auxilia nos seus anseios de performance esportiva e estéticos, pois supre suas necessidades nutricionais, previne distúrbios gastrointestinais durante o treino, impede a ingestão excessiva de alimentos e evita a fadiga. Se informe e saiba que é de extrema importância estabelecer um equilíbrio saudável entre o prazer e a necessidade.

Fonte: O Popular

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