Após um rapaz de 34 anos, morrer afogado ao pular de uma ponte em Fátima do Sul na última quarta- feira (14) o Corpo de Bombeiros de Dourados faz uma alerta para as pessoas que frequentam lagos, rios e piscinas nesta época do ano, para os riscos de afogamentos. Alesandro Moraes Freitas estava na companhia de um amigo quando tomava banho nas águas do Rio Dourados e ao pular da ponte não foi mais visto.

De acordo com os militares, durante o período de férias e altas temperaturas, aumenta o número de pessoas que frequentam esses locais, com isso os cuidados devem ser redobrados.

“Nesta época as pessoas estão de férias e com familiares e amigos realizam festas perto de lagos rios e piscinas, e pedimos que tomem cuidados ao entrarem onde existe forte correnteza, mesmo que saibam nadar. O mesmo acontece após se alimentar e ingerir bebidas alcoólicas”, explica o primeiro sargento Helynton Tadashi.

Segundo o sargento, em casos de afogamentos ele recomenda que pessoas sem conhecimentos e treinamentos não entre na água para socorrer a vítima, pois também podem se afogar, o indicado é jogar boias, isopor ou matérias que possam auxiliar quem está na água.

“Não recomendamos que familiares ou acompanhantes tentem o salvamento, mas que liguem para o Corpo de Bombeiros, ou em casos onde há o guarda-vidas, o procurem e se ali estiver algum objeto que possa auxiliar a vítima”, fala Tadashi.

Neste início de 2015 segundo o sargento, não ouve nenhuma ocorrência relacionada a trabalho de salvamento ou atendimento em vítimas de afogamentos em Dourados.

Outro caso de afogamento ocorreu no dia primeiro de janeiro de 2015, no córrego do Barreirinho, localizado em uma fazenda do município de Brasilândia, na região do Bolsão. Segundo o registro policial, ele participava de um churrasco com a família. Logo após o almoço, a vítima pulou no córrego e se afogou.

Seguem abaixo as recomendações do Corpo de Bombeiros para evitar afogamentos tanto em adultos quanto em crianças:

Escolha do local para nadar:

Procure um local conhecido por você ou por outra pessoa, desde que ela o acompanhe;

Não ultrapasse faixas e placas de avisos;

Não entre em locais onde há avisos de perigo de morte ou em águas poluídas;

Procure sempre local onde existe a presença de Guarda-Vidas, ou o Corpo de Bombeiros.

O afogamento com crianças pode ocorrer em apenas 2,5 cm de profundidade, esse tipo de acidente pode causar danos permanentes no cérebro de uma criança e até mesmo a morte.

Nunca deixe uma criança sozinha quando estiver próxima de água;

Fale para seu filho não correr, empurrar ou pular em outras crianças perto de piscinas, lagos, poços, represas ou cavas;

Crianças devem ser observadas a cada segundo, mesmo em piscinas plásticas e banheiras;

Tenha certeza de que as crianças nadam em áreas seguras de rios, lagos, praias e represas mesmo que saibam nadar;

Crianças devem usar coletes salva vidas sempre que estiverem próximas de água. Boias não substituem coletes salva vidas;

Poços artesianos, cisternas, caixas d’agua e outros reservatórios devem estar sempre fechados;

Instale cercas de isolamento ao redor da piscina com pelo menos 1,5 metros de altura, equipadas com portões e travas;

Mantenha as portas dos banheiros e lavanderias sempre fechadas. Além disso, mantenha as tampas dos vasos sanitários baldes e bacias com água devem ficar fora do alcance das crianças. Guarde-os de cabeça para baixo, quando não estiverem em uso.

O rápido socorro é fundamental para o salvamento da criança que se afoga, pois a morte por asfixia pode ocorrer em apenas cinco minutos. Por isso é tão importante que pais, responsáveis, educadores e outras pessoas que cuidam de crianças aprendam técnicas de primeiros socorros.

Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência: 193 Corpo de Bombeiros.

Aqui citaremos alguma mudança de comportamentos que podem salvar vidas:

Evite nadar sozinho;

Não tome bebida alcoólica antes de entrar na água;

Não imergir em água após lanche e refeições;

Não se afaste da margem;

Não salte de locais elevados para dentro da água;

Não tente salvar pessoas em afogamento sem estar devidamente habilitado;

Prefira lançar objetos flutuantes (bolas, boias, isopores, madeiras, prancha e outros) para salvar pessoas ao invés da ação corpo a corpo;

Identifique nas proximidades a existência do salva-vidas e permaneça próximo a ele;

Evite brincadeiras de mau gosto ("caldos", "trotes", "saltos", "empurrões");

Acate as orientações dos Bombeiros ou dos Salva-vidas;

Não abuse se aventurando perigosamente;

Não deixe as crianças sozinhas, sem a presença de um adulto;

Evite navegar com carga em excesso;

Só deixe entrar na embarcação pessoas usando coletes salva-vidas;

Somente conduza embarcações se for habilitado para tal;

Olhar a sinalização do local, pois ela indicará se é próprio para banho ou não;

Prestar atenção na água, muitas vezes a observação é suficiente para perceber alterações que levam a concluir que está poluída ou é perigosa para pratica de banho;

Tomar cuidado ao caminhar sobre superfícies rochosas, pois podem estar escorregadias e a pessoa cair e/ou se cortar.

 

Fonte: Joandra Alves/Dourados News