Casos de chikungunya aumentam 1.300% em Dourados
Ações de combate ao Aedes em Dourados tem sido intensas e a diminuição de casos de zika e dengue é fruto disso - Crédito: Arquivo/Dourados News
A Secretaria de Saúde de Dourados está em alerta com a alta incidência de Chikungunya na cidade e o setor de Vigilância Epidemiológica deve buscar apurar os motivos que causaram o aumento dos casos em 2018, levando em consideração que a dengue e o zika vírus, que são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes Aegypti, tiveram queda em relação aos anos anteriores.
No ano passado, foram confirmados apenas três casos de Chikungunya, já neste ano, os dados saltaram para 42 registros, um aumento de 1.300%.
“A secretaria estuda como pode ter havido um crescimento nos casos desta doença se as outras diminuíram, sendo o mesmo mosquito transmissor. Em todo caso, todas as ações são intensas”, disse o secretário de saúde Renato Vidigal em nota oficial.
Os dados são resultado do balanço epidemiológico do Núcleo de Vigilância em Saúde, que orientou a população para a “manutenção dos cuidados nos imóveis sob sua responsabilidade, principalmente locais de construção, onde sabidamente podem conter objetos que sirvam para acumulo de água e concomitantemente se tornem criadouros do Aedes Aegypti”.
DENGUE E ZIKA
Em contrapartida, os casos de dengue e zika vírus tiveram queda neste ano. Segundo o balanço, apenas 12 casos de dengue foram registrados desde janeiro em Dourados e nenhuma ocorrência de zika foi confirmada.
Em 2016, a dengue atingiu 3815 douradense. Já em 2017, os números caíram para 21 casos confirmados.
A zika vírus foi confirmada em 18 casos há dois anos. O número caiu para dois em 2017 e agora, nenhum.
“Isto é muito importante porque o zika, embora não seja uma doença que traga muitos sintomas, pode acarretar microcefalia em crianças quando acomete gestantes. Então é uma vitória”, reforça o secretário.
SINTOMAS DAS DOENÇAS
Em nota, a Secretaria de Saúde afirma que, apesar de parecidos, alguns sintomas se destacam mais do que os outros em cada uma das doenças.
“No caso da dengue, o paciente, na maioria das vezes apresenta febre alta, dor retro ocular, mialgia (dor no corpo), dor de cabeça, plaquetopenia, exantema (manchas no corpo) tardio, náuseas, vômitos, podendo evoluir para uma situação grave onde há a necessidade de internação pelo risco da febre hemorrágica da dengue, que ocorre logo após a remissão dos picos febris.
Já a zika se caracteriza por febre baixa e o exantema precoce, logo nos primeiros dois dias, podendo desaparecer em seguida. A zika na maioria das vezes tem curso rápido e grande parte dos pacientes nem apresenta sintomas, sendo a maior preocupação quando acomete gestante, principalmente nos primeiros meses de gravidez, pelo risco da ocorrência da microcefalia no feto.
No entanto, a chikungunya, apresenta quadro parecido com o da dengue, sendo a febre alta e demais sintomas, destacando-se as dores intensas nas articulações que podem durar meses ou mais de ano (Quadro 01). Essa última é preocupante, pois sabe-se que, uma vez o paciente evoluindo para a fase crônica, ele não conseguirá trabalhar, demandará por mais recursos de assistência à saúde e é sabido que pacientes como idosos e com doenças crônicas são mais suscetíveis a evoluírem para óbito” explica.
Fonte: Vinicios Araújo / Dourados News
COMENTÁRIOS
Usando sua conta do Facebook para comentar, você estará sujeito aos termos de uso e politicas de privacidade do Facebook. Seu nome no Facebook, Foto e outras informações pessoais que você deixou como públicas, irão aparecer no seu comentário e poderão ser usadas nas plataformas do iFato.