Com volta de greve, unidades lotam e MPE investiga Saúde
Depois de durar quase uma semana, a greve dos médicos reiniciou na madrugada desta sexta-feira (15) e com ela vieram novamente os problemas de atendimento nas unidades de saúde. Diferente da paralisação anterior, nesta, os médicos afirmaram à prefeitura que irão manter 50% dos profissionais atuando nas unidades de urgência e emergência.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino, a demora por atendimento voltou a revoltar pacientes.
A dona de casa Daiane Ferreira, de 23 anos, chegou à unidade por volta das 6 horas da manhã em busca de atendimento para o filho, de 1 ano. Com apenas um pediatra na unidade, a criança só foi atendida quase 3 horas depois.
“Quando chegamos, os médicos entraram em greve, o atendimento demorou muito”, disse.
Para o aposentado José Alves Lopes, de 69 anos, a greve causa prejuízo à população. Ele foi na UPA em busca de atendimento para o filho que teve crise de rim e desistiu depois de horas de espera.
“Tem médico, mas estão de greve. No final, a população é quem paga, é um caso muito complexo [a greve]”, disse o aposentado.
PARALISAÇÃO
Na noite de ontem, em assembleia, o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS) votou pela volta da greve.
Os profissionais haviam entrado em greve na quarta-feira passada, dia 6, e decidiram voltar ao atendimento normal na terça-feira desta semana. O sindicato alega que a prefeitura não cumpriu o acordo firmado junto ao Ministério Público, que seria de retomar as gratificações que haviam sido cortadas. A categoria alega que a publicação do retorno das gratificações não foi feita no Diário Oficial.
“Tentamos dar um voto de confiança para a prefeitura, mas nos parece que há um descaso por parte do administrativo municipal com a classe médica e com a sociedade. Foi firmado um compromisso diante o Ministério Público e simplesmente ignoraram, esta falta de responsabilidade é inconcebível”, declarou o presidente do Sinmed-MS, Valdir Shigueiro Siroma.
APURAÇÃO
Também nesta sexta-feira, o Ministério Público Estadual divulgou que um inquérito civil foi aberto para apurar as ações da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), durante a primeira paralisação dos médicos, que durou 6 dias.
A promotora responsável pela investigação é a Filomena Aparecida Depólito, da Promotoria de Justiça de Saúde Pública.
Fonte: Aliny Mary Dias e Kleber Clajus, do Correio do Est
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