Conhecida por atingir filhotes, cinomose também pode acometer cães adultos

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03/08/2020 08:10 Saúde
Apesar de ser mais conhecida por atingir filhotes, a cinomose também pode contaminar cães adultos, que devem receber a dose de reforço da vacina anualmente; a doença é muito contagiosa e pode levar à morte - Foto: Divulgação
Apesar de ser mais conhecida por atingir filhotes, a cinomose também pode contaminar cães adultos, que devem receber a dose de reforço da vacina anualmente; a doença é muito contagiosa e pode levar à morte - Foto: Divulgação

Com fama de doença que atinge principalmente filhotes, a cinomose, na verdade, também pode surgir em cães adultos, motivo para o cuidado redobrado com os animais de estimação.  

Causada pelo vírus da família Paramixovírus, do gênero Morbillivirus, a cinomose recebeu a fama de atingir filhotes por serem eles os mais vulneráveis à doença. No entanto, qualquer animal, que não esteja com a vacinação em dia, pode correr o risco de ser contaminado pelo vírus.

Por ser altamente contagioso, o vírus da cinomose pode chegar em nossas casas da mesma forma que o novo coronavírus, por exemplo, em superfícies contaminadas.  

“Cachorros soltos na rua podem ser um risco para os animais que ficam com o fucinho no portão e durante os passeios também. A cinomose não pega em seres humanos, mas é extremamente contagiosa entre os cães”, alerta a médica veterinária Mônica Souza.  

A melhor forma de prevenção é a vacinação em filhotes e anualmente em cães adultos. “Sugiro que todo mundo faça a vacinação, ela é a grande aliada contra a cinomose. As vacinas importadas são as mais indicadas por terem uma eficácia maior. Quando filhotes, após 45 dias de nascimento, são três doses”, ressalta.

Durante a idade adulta, os cachorros precisam ser vacinados anualmente para reforçar o sistema imunológico.  

Os casos de doenças virais em animais tendem a aumentar durante o inverno, ainda mais em período seco. “Recentemente, atendi alguns animais com sintomas de cinomose, um Chow Chow de 10 meses e um outro, um Lhasa Apso de seis meses. Estão tendo mais casos na cidade, então é bom o tutor ficar em alerta em relação a carteira de vacinação dos animais”, frisa.

Com a pandemia, os animais também podem se estressar, por exemplo, com as mudanças na rotina. “É importante cuidar da imunidade do animal, que pode cair por outros motivos e até por causa de alterações na rotina, como a pandemia ou uma mudança de casa. Dessa forma, eles podem ficar mais suscetíveis a ação do vírus, por isso, a prevenção é tão importante”, ressalta.  

Na primeira fase da doença, os sintomas podem ser semelhantes aos de uma gripe ou a um problema intestinal.  

O vírus se replica nas células sanguíneas e sistema nervoso central do animal.

Na primeira fase, o cão pode ter sintomas oftálmicos, como secreção nos olhos e conjuntivite severa, seguido de problemas respiratórios, como secreção nasal, tosse e pneumonia.  

Além disso, o animal também pode apresentar quadro de diarreia e vômito, além de pústulas abdominais e a pele das patas ressecadas e descamadas.  

“A diarreia pode até passar despercebida, assim como a coriza. O tutor pode achar que é apenas um resfriado. O olho costuma ficar remelando e fica com uma casquinha em volta do nariz”, pontua a médica.  

Na fase mais tardia da doença, acontece o acometimento do sistema nervoso central, que é quando o animal passa a ter o andar desorientado e tremores musculares que podem evoluir para crises de convulsões. “Nesta fase da doença, o tratamento fica ainda mais complicado”, explica.  

O tratamento pode curar a doença, mas caso ela avance até a fase neurológica há chances de existirem sequelas, como tremores. Posteriormente, é possível que o animal tenha uma melhor qualidade de vida com de terapias alternativas, como sessões de fisioterapia e acupuntura.

Por ser muito contagiosa, o ideal é que a casa onde teve o caso seja desinfectada com produtos indicados para a eliminação do vírus.  

“Eu aconselho que o tutor espere até um ano até a adoção de outro cachorro para morar na mesma residência, após um caso de cinomose. Após esse período, o ideal é que o filhote só seja levado para a residência após receber todas as doses da vacina e, caso seja adulto, que ele também receba a dose anual de imunização da cinomose para evitar outro caso da doença”, frisa.

Fonte: Naiane Mesquita / Correio do Estado

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