Dicas do SESI: Alimentação das crianças durante a quarentena requer atenção
O isolamento pode aumentar o consumo de alimentos concentrados em açúcar, sódio e conservantes pelas crianças.
É importante realizar trocas saudáveis e auxiliar com atividades diferenciadas o controle da ansiedade.
É importante, também, dedicar um espaço para a alimentação, sentar à mesa e mastigar bem os alimentos Com o isolamento social e o fechamento de escolas, medidas tomadas para o combate à pandemia do coronavírus, as crianças e adolescentes estão em casa.
Para as famílias foi preciso se adaptar a uma nova rotina e um dos pontos relevantes dessa nova reestruturação é a alimentação.
A psicóloga Angélica Corrêa, mãe de trigêmeos, sabe bem o que é isso. Maria Emilia e Lorenzo Corrêa Calabria estão no 3º ano do ensino fundamental do Serviço Social da Indústria (SESI) de Cuiabá, e Ana Luíza Corrêa Calabria frequenta a Escola Municipal Professora Elza Luiza Esteves - ambas as unidades escolares estão com as aulas suspensas há cerca de três meses e a família precisou promover algumas mudanças.
Para a mãe, um dos pontos positivos foi poder acompanhar mais de perto e conseguir retirar da dieta produtos processados, já que sem o monitoramento dela havia concessões de outros cuidadores.
"Como aderi ao teletrabalho por 35 dias no início da pandemia, consegui retirar doces como creme de avelã, biscoitos e salgadinhos de milho. Introduzi mais fr
"Deve haver hora para o café da manhã, almoço e jantar e, de acordo com o dia a dia, oferecer pequenos lanches nos intervalos e muita água".
A especialista aponta ainda que a rotina faz com que não haja exageros e descontrole - que contribui para o ganho de peso que gera outras complicações na saúde da criança. Além disso, quando as aulas retornarem é preciso que as regras continuem.
É importante dar a alimentação o espaço que ela merece. Sentar à mesa e mastigar bem os alimentos faz parte do processo de uma boa alimentação.
"O uso de TV, tablets e celulares nesse momento desconcentram e pode haver exagero no consumo ou até mesmo a falta de apetite", alerta Roberta.
Outro fator que pode tornar um momento da refeição mais atraente para as crianças é envolvê-las no processo, fazendo com que ajudem a preparar uma salada ou colocando a mesa.
Na casa dos trigêmeos a prática já é adotada há muito tempo. "Eles ajudam separar e preparar os alimentos, fazer bolos, preparam seu próprio sanduíche, ovo mexido e o leite, tomando os cuidados devidos com facas e fogão", informa Angélica.
A nutricionista Roberta complementa dizendo que vale manter também uma programação com receitas especiais para agradar o paladar das crianças, como um hambúrguer saudável.
"Preparar a própria comida é um incentivo para elas provarem pratos diferentes".
Cada faixa etária possui suas necessidades, um profissional nutricionista poderá ajudar nesse plano alimentar individualizado.
"Nem sempre comer muito ou pouco demais e sinal de saúde. Precisamos das quantidades certas e dos nutrientes equilibrados", ressalta Roberta.
Os pais também precisam ter hábitos saudáveis, pois as crianças se espelham nos adultos. Os pais são os atores principais, e precisam dar o exemplo, bem como fazer as escolhas corretas nas compras. Se não comprar e não ter em casa, não será consumido.
Nesse período da reclusão e de ansiedade é comum o aumento no consumo de alimentos concentrados em açúcar, sódio e conservantes pelas crianças.
Dessa forma, é importante realizar trocas saudáveis e auxiliar com atividades diferenciadas o controle da ansiedade.
"Em casa, percebo que eles sentem vontade de comer, mesmo sem fome. Quando estou presente procuro entender se é fome ou vontade de comer e, assim, tento deixá-los mais conscientes do que é fome ou tédio mesmo", diz a mãe dos trigêmeos.
A nutricionista do SESI finaliza dizendo que, no caso dos lanches, uma dica é oferecer sucos naturais, bolos caseiros, frutas picadas acessíveis, iogurtes naturais com frutas.
"Uma alimentação adequada e saudável garante uma boa nutrição e o funcionamento adequado de todo o corpo e mente".
Fonte: Agência CNI de Notícias / Dourados Agora
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