Roberlayne Patrícia Alves, de 28 anos, presa no último dia 16 por cobrar propina de R$ 150 mil do Hospital do Câncer Alfredo Abrão, de Campo Grande, teve o pedido de liberdade provisória negado pelo Juiz da 3ª Vara Federal, Odilon Oliveira. A defesa vai entrar com pedido de habeas corpus.

Conforme noticiado pelo Dourados Agora, Patrícia cobrou a referida quantia do diretor do hospital, Carlos Coimbra, para poder liberar R$ 2,6 milhões em recursos federais e também um acelerador linear, aparelho utilizado para tratamento via radioterapia.

Coimbra informou o caso às autoridades que permitiram que ele desse continuidade às negociações com a mulher. Parte do valor foi depositado na conta de um laranja, identificado posteriormente como pai do ex-namorado dela. A outra parte seria paga pessoalmente.

Na noite do dia 16, Patrícia veio de Brasília para o Mato Grosso do Sul, para cobrar o recebimento do restante da quantia. Toda a conversa ocorrida entre ela e o diretor do hospital foi filmada e acompanhada em tempo real por policiais. A acusada acabou presa em flagrante pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lantire, no momento que recebia os cheques.

Autuada por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, foi desligada do cargo público. A acusada disse que o esquema teria sido feito também em Três Lagoas, e que mais pessoas estariam envolvidas. Ela segue recolhida em Campo Grande, enquanto a PF conclui as investigações.

 

Fonte: Dourados Agora