Família busca ajuda para operar bebê que nasceu com dois sexos

14/07/2015 23:14 Saúde
Hospital Nossa Senhora Auxiliadora em Três Lagoas, onde foram realizados os primeiros exames no recém nascido.. Foto: Jessica Barbosa/AgoraMS
Hospital Nossa Senhora Auxiliadora em Três Lagoas, onde foram realizados os primeiros exames no recém nascido.. Foto: Jessica Barbosa/AgoraMS

Uma família de Três Lagoas (MS) – distante 458 km de Itaporã - busca ajuda financeira para dar sequência a exames que podem mostrar se bebê de três meses é menino ou menina. A criança nasceu no dia 18 de março com os dois sexos e a mãe, uma jovem de 24 anos, vive um drama desde então sem saber a real identidade do bebê. Mesmo assim, a criança foi registrada com nome feminino. O caso, considerado raro, foi o primeiro registrado no município.

De acordo com Luciana Ferreira de Souza, madrinha da criança, quando ela nasceu médicos do Hospital Auxiliadora fizeram um ultrassom e identificaram uma possível formação de ovário, o que motivou a família a batizá-la como menina.

Sem conseguir atendimento especializado em Três Lagoas, a família levou o bebê para o Hospital das Clínicas da grande São Paulo, porém, apenas com o dinheiro das passagens de ida e de volta, oferecido pela Administração Municipal, sob determinação judicial. “Eu pensei que ficaríamos lá apenas um dia, mas ficamos por dois dias. Não tínhamos dinheiro se quer para comer. Eu dormi com minha afilhada na calçada”, disse.

No Hospital das Clínicas foram realizados diversos exames, e, inicialmente, os médicos disseram que aparentemente foi possível ver um testículo no bebê que não desceu. “Ainda teremos que fazer vários outros exames, mas de imediato a nossa pequena pode ser na verdade um menino. Queremos muito resolver essa situação para saber a verdadeira identidade do bebê”, disse a madrinha.

O acompanhamento para este tipo de caso é extenso e a família terá de ir mensalmente para São Paulo. Segundo Luciana, os médicos disseram que identificando o real sexo da criança ela poderá passar por uma cirurgia para corrigir a má formação com três ou quatro anos.

De acordo com Luciana, a família pensa em fazer rifas para angariar fundos para conseguir viajar, contudo, quem puder ajuda-la pode entrar em contato por meio do número de telefone (67) 9286-5183.

A mãe do bebê tem outros três filhos de 7, 3 e 1 ano e não trabalha para cuidar das crianças. Ele vive com a pensão de um dos filhos e com o benefício do Bolsa Família.

 

Fonte: Gisele Mendes, do Correio do Estado

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