Gerência de saúde de Itaporã nega-se a dar alimento a paciente com tumor na garganta

12/08/2014 15:23 Saúde
Imagem ilustrativa.
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Um homem de 58 anos, foi diagnosticado com um tumor na garganta em Itaporã, e aguarda o resultado da biópsia para prosseguir com o tratamento, sendo que o risco de estar com câncer não foi descartado pelos médicos. Devido a localização do tumor, o mesmo não pode ingerir alimentos de forma convencional e precisa de uma sonda para se alimentar.

O médico que acompanha o caso, prescreveu que o paciente J.V. deveria ser alimentado somente com alimento nutricionalmente completo para nutrição enteral ou oral. Um litro deste, custa 28 reais e dá para quatro refeições, sendo que ele tem que alimentar-se seis vezes por dia. Com isso, a família que vive com uma renda de um salário mínimo, ganhou um custo extra de 1.260 reais somente com este produto, sem contar remédios e as outras eventuais despesas.

Em casos similares, a promotoria concede tutela antecipada rapidamente ao paciente, garantindo que o município banque o tratamento até o juíz dar o parecer de qual das três esferas (municipal, estadual ou federal) irá arcar com os medicamentos. Entretanto, a família não conseguiu entrar com o processo, já que o resultado da biópsia sairá apenas na terça-feira (11).

Segunda a esposa L.P., 44 anos, no dia 13 de julho, ela procurou o gerente de saúde de Itaporã João Alberto de Souza, no intuito de receber uma ajuda no custeio do alimento. No ato, ele atendeu com um litro. Após oito dias e depois de várias ligações sem atendimento, a esposa dirigiu-se ao hospital e falou novamente com o gerente, o qual ela diz ter sido grosso e ríspido nesse contato, e ainda argumentou que ela estaria fazendo muita pressão. Ela diz ter passado por constrangimentos para receber mais um litro do produto. Desde então, a família está se virando, com a ajuda de parentes e amigos.

“Até o problema começar a manifestar-se ele era um homem trabalhador, que sempre honrou com seus compromissos. Hoje, que precisa de ajuda, o estado está virando as costas pra ele. Acho um absurdo a prefeitura ajudar apenas quando é obrigada pela justiça”, desabafou a mulher.


Embalagem do produto que o paciente precisa.

 

Fonte: iFato

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