Microcalcificações na mama são comuns, mas merecem atenção

23/01/2014 23:13 Saúde
Divulgação.
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Somente a mamografia pode acusar as microcalcificações e definir sua classificação, que vai de um a cinco.

É muito comum que após certa idade as mulheres apresentem, quando vão fazer o exame de mamografia, microcalcificações na mama. Elas aparecem naturalmente, são fisiológicas e não podem ser evitadas.

São pequenos cristais de cálcio que se depositam em várias partes do corpo, inclusive na mama. A maioria das mulheres viverá com esses cristais normalmente, sem dores ou desconfortos.

Quem nos explica isso é o Dr. Francisco Pimentel, mastologista do Hospital Geral de Fortaleza (HGF).

Ele ressalta que o problema é quando aquelas calcificações apresentam certas características que podem evoluir para um câncer de mama.

“As calcificações que nos fazem suspeitar de malignidade são: quando estão agrupadas, quando apresentam densidade elevada, quando possuem nesse agrupamento formatos e tamanhos diferentes”, cita o Dr. Francisco.

Outro especialista, o mastologista José Luís Pedrini, da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), afirma que somente a mamografia pode acusar as microcalcificações e definir sua classificação, que vai de um a cinco.

“Um e 2 é completamente benigno; 3 recomenda-se fazer um outro exame em 6 meses; quando é 4 ou 5 pede-se para fazer uma biopsia”, explica o Dr. José Luís.

A mamografia é a única forma de detectar lesões pré-malignas não palpáveis da mama.

Deve-se fazer a biopsia sempre que exista a suspeita de as microcalcificações serem malignas.

“Apesar de na maioria das vezes serem benignas, não devem ser subestimadas, pois o câncer de mama pode se manifestar inicialmente como microcalcificações”, lembra o Dr. Francisco Pimentel, do HGF.

A pesquisa Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil, divulgada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima em 57 mil o número de mulheres que terão câncer de mama em 2014.

Quando descoberto ainda no início, como no caso da microcalcificação, a possibilidade de cura é próxima a 100%.

Por isso, a mamografia é tão importante. Só nos últimos três anos, o Ministério da Saúde, juntamente com estados e municípios, ampliou em 25% a realização de mamografias para o público geral e em 30% no grupo prioritário – de 50 a 69 anos.

Os procedimentos somaram 2,3 milhões no ano passado, contra 1,7 milhão em 2010.

No total, o número de exames realizados em 2012 atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 25,4% em relação a 2010 (3,5 milhões).

Fonte: Blog da Saúde

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