MPE abrirá procedimento administrativo para acompanhar repasses do HE ao câncer

12/01/2015 14:02 Saúde
Reunião aconteceu nesta manhã no Conselho Municipal de Saúde.. Foto Adriano Moretto
Reunião aconteceu nesta manhã no Conselho Municipal de Saúde.. Foto Adriano Moretto

Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (12) no Conselho Municipal de Saúde, ficou definido que o MPE (Ministério Publico Estadual) irá acompanhar por meio de um Procedimento Administrativo, os repasses de verbas públicas do HE (Hospital Evangélico) ao Centro de Tratamento de Câncer de Dourados. A medida foi tomada devido aos atrasos que acarretaram a suspensão de atendimentos a novos pacientes e fecharam as portas do Centro desde a quarta-feira passada (7).

O promotor substituto João Eduardo Antunes Mirais, que atualmente está respondendo pela 10ª Promotoria de Justiça, disse que a medida será tomada a partir de hoje.

“É uma medida profilática, onde irá acompanhar a entrada das verbas públicas ao CTC, e para que não aconteça novos atrasos”, contou.

A presidente do Conselho Municipal de Saúde, Berenice de Oliveira Machado Souza, também organizou a formação de uma comissão, que foi aprovada e acompanhará os repasses aos setores de oncologia, nefrologia e cardiologia, todas terceirizadas.

Em reunião realizada na sexta-feira (9) no MPF (Ministério Público Federal), ficou acordado que o Evangélico repassaria R$ 200 mil ao CTC para sanar parte da divida que segundo o diretor da unidade, Mário Eduardo Rocha, seria em torno de R$ 900 mil contando convênios privados e o SUS (Sistema Único de Saúde), e na segunda-feira que vem (19) volte a atender novos pacientes no local.

“Esse valor vai nos ajudar a respirar e com ele, saldar parte da dívida com fornecedores e pedir novos medicamentos”, contou Rocha.

Já o vice-superintendente do HE, Marco Aurélio de Camargo Areias se comprometeu a repassar o valor acordado para continuar os tratamentos. “O HE irá cumprir o repasse de R$ 200 mil e trabalhar para que esse problema não ocorra novamente”, frisou o vice superintendente do HE.

Entenda o caso
Desde quarta-feira (7) a unidade encontrava-se fechada para novos atendimentos. Segundo um dos diretores da empresa, Mario Eduardo Rocha, o HE recebeu e não teria realizado os repasses referentes aos pagamentos do SUS (Sistema Único de Saúde) e planos de saúde.

A falta de medicação também seria impasse para a abertura dos novos procedimentos, já que a farmácia da oncologia encontra-se vazia.

No mesmo dia, o Evangélico rebateu as acusações por meio de um ofício encaminhado para o próprio CTC, dizendo que a suspensão dos atendimentos foi desnecessária, já que no local existiriam remédios suficientes para no mínimo, mais cinco dias.

 

Fonte: Joandra Alves/Dourados News

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