MS tem 5 cidades com imunização abaixo do recomendado contra paralisia infantil
Cinco cidades de Mato Grosso do Sul estão entre os 312 municípios do país que estão com baixa cobertura para a vacina contra a paralisia infantil. Ou seja, que não vacinaram nem metade das crianças menores de um ano, contra a doença.
No ranking, Ivinhema aparece na 7ª posição com apenas 3,19% de crianças vacinadas. Seguida de Japorã (11,41%); Amambai (40,55%); Ladário (42,4%) e Miranda (45,83%). Ambas as cidades, estão abaixo da recomendação internacional para o controle da doença que é de que pelo menos 95% das crianças sejam vacinadas. Atualmente a média nacional de cobertura é de 77%.
Dado que motivou alerta publicado nesta terça-feira (3), pelo Ministério da Saúde. A listagem completa pode ser acessada por este link.
Desde 1989 não há casos de paralisia infantil no Brasil, ressalta o governo. O último registro do vírus ocorreu em Souza, na Paraíba. O alerta tem como objetivo de evitar um possível retorno da doença.
Um caso foi registrado na Venezuela em junho e, nos últimos o anos, o vírus circulou em mais de 23 países. O caso da Venezuela foi descartado mas foi o suficiente para chamar atenção para a baixa cobertura vacinal e o medo de que a doença chegasse ao Brasil.
A vacina contra a paralisia infantil ou poliomielite, está disponível o ano inteiro, em todos os postos de saúde do Brasil. “O risco existe para todos os municípios que estão com coberturas abaixo de 95%. Temos que ter em mente que a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite", diz em nota, Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
Ainda conforme o portal G1 uma campanha nacional acontecerá em agosto (entre os dias 6 e 31), mas ela só tem o objetivo de aumentar a divulgação, informa a pasta. Todas as crianças com menos de cinco anos devem ser vacinadas, segundo o ministério.
Outras regiões do mundo vivem surtos esporádicos de poliomielite. De 2004 a 2017, ocorreram surtos em 23 países: Moçambique, Miamar, Indonésia, China, Paquistão, Nigéria, Camarões, Niger, Chade, Afeganistão, Somália, Quênia, Congo, Yemen, India, Ethiópia, Madagascar, Laos, Ucrânia, Síria, Guiné, Sudão e Camboja.
Segundo o Ministério da Saúde, cidades com baixa cobertura vacinal devem considerar a reorganização de suas redes, com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis com a rotina da população brasileira.
A pasta também orienta o reforço das parcerias com as creches e escolas, "ambientes que potencializam a mobilização sobre a vacina por envolver também o núcleo familiar", segundo nota do ministério. O governo também deve organizar campanhas de divulgação nacionais e exorta estados e municípios a manter sistemas de informação devidamente atualizados.
Fonte: Adriano Fernandes / Campo Grandes News
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