Número de pessoas infectadas com sífilis dispara em Dourados de um ano para outro

30/03/2015 15:30 Saúde
Imagem ilustrativa..
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O número de pessoas infectadas pela doença sífilis em Dourados aumentou assustadoramente nos últimos anos. É o que mostra os dados da Vigilância Epidemiológica da cidade, apresentados na manhã desta segunda-feira (30) a pedido do jornal Dourados News.

Nos primeiros meses de 2015 já foram notificados 33 casos de pessoas infectadas com a doença, contabilizando em média 11 por mês. São 17 em gestantes, 12 de forma congênita e outros quatro entre outras pessoas. Em 2013 foram registrados 71 casos e quase dobrou no ano seguinte, com 122 notificações da doença.

Não existe no entanto, registros de óbitos pela doença no município, porém, a sífilis é tratado como realidade assustadora na cidade.

O grupo com o maior número de casos de pessoas que contraíram a doença são as gestantes, seguidas por não especifica e congênita. Segundo o órgão, a faixa etária da maioria dos infectados estão entre 15 e 35 anos, considerada a fase sexualmente ativa e no caso das mulheres, o da fertilidade.

“Esses números podem ser maiores, mas os problemas que enfrentamos é que muitos casos não chegam até nós por serem registrados em consultórios particulares, onde realizam o tratamento e o sistema não repassa para a vigilância. Assim como tratar o parceiro que na maioria das vezes, não realizam o mesmo e ainda acusam a mulher de ter contraído a doença e o infectado”, explica Devanildo de Souza, gerente da Vigilância Epidemiológica.

Silenciosa, a sífilis (também chamada de lues) é uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema pallidum e detectada pelo exame de sangue VDRL, sigla em inglês (Venereal Disease Research Laboratory). A principal via de transmissão é através do contato sexual, mas também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento, resultando em sífilis congênita.

As ações no serviço de saúde são realizadas seguindo o protocolo do Mistério da Saúde, onde os casos são detectados durante as consultas de pré-natal. Os exames são realizados duas vezes nas gestantes, o primeiro exame é feito após a primeira consulta do pré –natal e o segundo com 28 semanas de gestação.

Sobre as medidas de prevenção, para que haja a redução de pessoas infectadas, de acordo com a vigilância o, Sistema de Saúde busca orientar as pessoas e tratar os casos, além das atividades de educação em saúde nos momentos oportunos, como nas atividades de educação em saúde nas escolas e em outros espaços.

Tratamento
O tratamento da doença é feio com antibióticos, como a penicilina G, são três doses do medicamento. No caso das gestantes, para não haver transmissão para o bebê é necessário que o tratamento seja completado pelo menos 30 dias antes do nascimento e também tratar o parceiro para não correr o risco de reinfecção, pois isso diminui significativamente a possibilidade de problemas congênitos.

Uma criança que nasce com sífilis congênita, pode ter vários problemas como de saúde como nascer com baixo peso, alterações ósseas, surdez neurológica, dificuldade de aprendizado e até mesmo retardo mental.

Os sinais e sintomas da sífilis variam dependendo da fase atual em que se apresente (primária, secundária, latente e terciária), com isso o profissional de saúde então especifica se será preciso tomar as três doses da medicação ou se apenas uma resolve o caso.

 

Fonte: Joandra Alves/Dourados News

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