Polícia ouve depoimentos sobre mortes de pacientes após quimioterapia
A Polícia Civil começa ouvir hoje, médicos, enfermeiros, entre outros, sobre as três mortes de pacientes após medicação no setor de quimioterapia na Santa Casa de Campo Grande. A investigação não descarta contaminação ou problemas na manipulação dos medicamentos. Uma quarta paciente permanece internada com os mesmo sintomas das três víitimas fatais.
As famílias das pacientes registraram queixa na delegacia que investiga os casos como "morte a esclarecer". Conforme noticiou o Douradosagora, Carmen Insfran Bernard, de 48 anos, e Norotilde Araújo Greco, de 72 anos, fizeram quimioterapia entre os dias 24 e 28 de junho na Santa Casa. A primeira morreu no dia 10 de julho e a segunda, um dia depois. Ambas apresentaram reações adversas ao medicamento e quando foram internadas, não resistiram. Não foi divulgado o nome da terceira paciente.
Em nota divulgada ontem, a Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG) confirmou a morte de três pessoas que foram submetidas recentemente a sessões de quimioterapia no setor de oncologia da Santa Casa. A administração do medicamento foi suspensa por tempo indeterminado e uma sindicância foi aberta para apurar os casos.
Na nota, a ABCG afirma que a santa casa ministra atualmente atendimento oncológico a mais de 600 pacientes, 200 deles submetidos a quimioterapia e 400 a hormonoterapia. A unidade de saúde segue rigorosamente todas as normas e protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e Anvisa, que já foi notificada a respeito dos óbitos registrados.
Os órgãos envolvidos no caso vão apurar se a troca de fornecedor teve alguma ligação com as três mortes. “O hospital foi obrigado a procurar outro fornecedor porque o anterior estava sem o medicamento. É importante destacar que a nova empresa contratada funciona regularmente com autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, disse o secretário municipal de saúde, o médico Jamal Salém, lembrando que o fato de que uma pessoa não apresentou reação negativa deve ser levado em consideração.
De acordo com o presidente da Associação de Erros Médicos, Valdemar Moraes de Souza algumas dessas famílias já procuraram a entidade, mas ainda não denunciaram oficialmente o fato. Por causa disso ele disse que prefere não se manifestar.
Fonte: Dourados Agora
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