Precariedade: paciente fica 5 dias com hemorragia após enfermeiro suspender aplicação de soro ao v

14/06/2014 17:39 Saúde

A paciente Z.N. (o nome foi preservado por motivos de não constrangimentos) com quadro de hemorragia intestinal grave vai até o Hospital Municipal de Itaporã, é atendida por médico, mas teve a administração do soro com medicamentos suspensa pelo  responsável pela enfermaria, quando o mesmo percebeu que a paciente tirava fotos pelo celular da precariedade em que  se encontra o hospital. O fato aconteceu no dia 03 de maio, depois das 22h30.

Para o espanto da paciente, antes mesmo do atendimento, ao utilizar banheiro encontrou uma barata lá dentro. Até então, a paciente não tinha intenção de tirar nenhuma foto, mas diante da falta de higiene e no mínimo de dedetização no local, a mesma não pensou duas vezes a colocou o celular para uso (como a barata é mais ágil e rápida que um rato e também voadora, rodando “faceira” dentro do banheiro, não foi possível registrar a foto).

Ao ser atendida e examinada pelo médico constatou-se o sangramento intestinal, onde logo foi encaminhada para a administração de soro com dosagens  de medicamentos para cessar o sangramento. No entanto, ao perceber o estado de precariedade da sala de enfermaria, a paciente começou a tirar fotos do quarto.

A paciente relata que teve seu braço amarrado com luvas cirúrgicas por falta de borracha de garrote ( para pulsar e achar a veia). Uma das fotos foi tirada na frente da técnica de enfermagem, que ainda brincou, “não é para nenhum site, né”.

No entanto, os flashes da máquina do celular faziam barulho. Não tardou, o chefe enfermeiro responsável pelo plantão,  entrou na sala, e antes do término do soro,  retirou o restante da dosagem, ainda quase  pela metade.

A paciente ficou surpresa e perguntou o motivo,  mas teve a resposta categórica do mesmo, de que o restante do soro com o medicamento não surtiria mais nenhum efeito.

Mandada para casa, a paciente passou pelo constrangimento de ficar mais 5 dias com o sangramento intestinal, em semanas de provas e  vários compromissos pessoais. Se não bastasse, ainda passou pelo vexame de ter sua roupa manchada pelo sangramento em sala de aula diante de todos os alunos.

As fotos mostram claramente outras mazelas. Algodão de descarte retirados das agulhas injetadas em outros pacientes espalhados no chão; tampas de agulhas de injeções jogadas também no chão, porém ficaram difíceis de enxergar  por causa da cor do piso, e devido a qualidade ruim da imagem das fotos.

Também foi registrado  a sujeira dos colchonetes em estado deplorável de imundície. “Aquilo não era somente sujeira, mas  encardido que estão nos colchões, paredes, que poderiam ser resolvidos com um verdadeira faxina de lavagem com cloro e sabão. Um hospital  deve ter o máximo de higiene e limpeza, pois é um local onde há uma grande incidência de  infecções, que em muitos casos podem  levar pacientes até a um possível óbito. Toda higiene é imprescindível para a proteção da tutela de maior valor que o  cidadão tem que é a preservação da vida”, afirmou a paciente.

Além disso, as paredes estavam com goteiras. “Segundo a paciente, existe na sala alguns 'canos' de refrigeração que não estão funcionando, e que gotejam diretamente em uma das camas de uma das enfermarias.  Para comprovar, a paciente colocou uma revista que  mostra a mancha marcada que foi tirada na foto da  goteira vinda dos encanamentos” ressaltou a paciente.

Os nomes das fontes seguirão preservados sempre que o cidadão pedir (garantia do jornalista em manter o anonimato da fonte) para se evitar constrangimento, perseguições e até possíveis perdas de emprego e  ofensas pessoais de quem  não tem profissionalismo.

Caso a Administração discorde pode solicitar via judicial à quebra do anonimato, lembrando que responderá por qualquer dano ou constrangimento pessoal que causar às fontes ou envolvidos.

O site preserva o compromisso de sempre elaborar as matérias baseados em documentos, se certificando das provas e das fontes, sem jamais escrever no achismo.

 

 

Fonte: iFato

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