Risco de febre Chikungunya é maior em 32 municípios de MS; dois deles fazem divisa com Itaporã

08/10/2014 16:22 Saúde
O mosquito Aedes Albopictus também é transmissor da doença e potencializa o risco de epidemia em 32 cidades de MS (Foto: Divulgação).
O mosquito Aedes Albopictus também é transmissor da doença e potencializa o risco de epidemia em 32 cidades de MS (Foto: Divulgação).

O risco de uma epidemia da febre Chikungunya é maior em 32 cidades de MS, segundo alerta da Secretaria Estadual de Saúde. Dourados está entre esses municípios com maior risco, situação que alcança também Caarapó, Rio Brilhante, Iguatemi, Ivinhema e Laguna Caarapã, na região da Grande Dourados.

O motivo, segundo a secretaria, é que nessas cidades (veja lista abaixo) existem os dois mosquitos transmissores da doença: Aedes Aegipty –que é também transmissor da dengue- e Aedes Albopictus.

A doença “prima da dengue” já apareceu em Estados vizinhos e deve chegar ao MS no verão, segundo o diretor da Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) no Estado, Rivaldo Venâncio.

A Chikungunya traz sintomas semelhantes ao da dengue - dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele- mas com dores muito mais intensas nas articulações e pode levar a morte, embora não com muita frequência.

Segundo a diretora estadual de Vigilância de Saúde do MS, Bernardete Lewandowski, o que chama a atenção na doença são as intensas dores nas articulações. “As dores musculares e articulares são muito fortes, sendo semelhantes as da artrite deixando a pessoa impossibilitada de realizar atividades desde as mais comuns”, pontua.

Para a diretora, o agravante é o tempo de duração das sequelas da doença, que podem permanecer até por um ano. “A Chikungunya é preocupante, pois a pessoa que a contrai sente dor intensa geralmente por muito tempo, cerca de seis a oito meses ou até um ano, após a contaminação”, afirma.

Com a chegada das constantes chuvas de verão, o risco da epidemia preocupa. “Ainda não temos nenhum caso da doença registrado, porém é preciso atenção redobrada em especial nestas cidades com risco em potencial, a única maneira é a prevenção já que a assim como acontece com a dengue, não há medicamento que previna ou combata”, enfatiza Lewandowski.

Procurado pelo Dourados News, o secretário de Saúde do município, Sebastião Nogueira, disse que ações de combate ao mosquito transmissor são feitas em conjunto com a prevenção à dengue e que agentes transitam pelos bairros na tentativa de eliminar os focos da doença.

Lista de cidades no MS com maior risco de epidemia:

Os municípios que correm risco de epidemia de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde são: Água Clara; Alcinópolis; Anaurilândia; Aparecida do Taboado; Aquidauana; Bandeirantes; Brasilândia; Caarapó; Camapuã; Caracol; Cassilândia; Costa Rica; Coxim; Dois Irmãos do Buriti; Dourados; Rio Brilhante; Iguatemi; Ivinhema; Japorã; Laguna Carapã; Mundo Novo; Nioaque; Paranhos; Paranaíba; Rio Negro; Rio Verde; Rochedo; Santa Rita do Pardo; São Gabriel do Oeste; Selvíria; Sidrolândia; Três Lagoas.

Casos registrados

O Ministério da Saúde confirmou, por meio de exames laboratoriais, 79 casos de febre Chikungunya no Brasil, até o dia 27 de setembro deste ano. Deste total, 38 são importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

Prevenção

As formas de prevenção da febre Chikungunya são as mesmas adotadas contra a dengue, é preciso evitar água parada, realizando ações como:

-Não deixar entulho no quintal ou nas ruas;

-Cobrir a caixa d'água e piscinas;

-Colocar terra ou areia nos pratos de vasos de planta;

-Retirar as folhas e sujeira de calhas que dificultam o escoamento da água;

-Manter a lata de lixo devidamente tampada;

-Guardar pneus em locais cobertos, longe da chuva. Faça furos na parte de baixo ou entregue no serviço de limpeza;

-Manter poços de água devidamente tampados;

 

Fonte: Gizele Almeida/Dourados News

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