Saúde confirma mais 2 casos de leishmaniose humana em Três Lagoas

Pacientes foram submetidos a tratamento; cidade já teve uma morte neste ano
23/07/2018 21:39 Saúde
Mosquito flebótomo é o transmissor da leishmaniose entre cães e humanos. (Foto: Divulgação)
Mosquito flebótomo é o transmissor da leishmaniose entre cães e humanos. (Foto: Divulgação)

O Departamento de Vigilância em Saúde de Três Lagoas –a 338 km de Campo Grande– confirmou nesta segunda-feira (23) a existência de mais dois casos de leishmaniose humana no município. Um jovem de 16 anos, morador do bairro Alvorada, e um homem de 43 anos do Alto da Boa Vista, tiveram exames apontando positivo para a doença. Eles se encontram em tratamento e, conforme a SMS (Secretaria Municipal de Saúde) estão fora de perigo.

“Já colocamos as armadilhas para o flebótomo, mosquito transmissor, nos arredores em que o rapaz de 16 anos mora e agora colocaremos onde o homem de 43 anos habitou para sabermos qual dos dois bairros é o local provável de infecção, já que ele mudou duas vezes recentemente, mas fecharemos o relatório apenas com uma localidade”, disse a diretora de Vigilância em Saúde e Saneamento, Georgia Medeiros de Castro.

As armadilhas serão colocadas por três dias consecutivos, sendo montadas à noite e retiradas pela manhã, a fim de localizar mosquitos nas áreas onde vivem os pacientes.

Até agora, Três Lagoas confirmou três casos de leishmaniose humana, com um óbito –em um caso identificado em abril, tratando-se de um homem de 53 anos morador do Santa Julia, que teve comorbidades diagnosticadas junto com a doença. “Não há necessidade de alarde da população, mas sim reforço do manejo ambiental (limpeza e manutenção de quintais) nas residências e prevenção”, afirmou Georgia.

Resposta – Segundo a coordenadora, após a confirmação de casos de leishmaniose humana, tem início o trabalho de contenção. Primeiro, pela Vigilância Epidemiológica, com a investigação do paciente e do local de infecção. “Terminando a investigação ela fecha com o bairro ou bairros possíveis de fonte de infecção”, disse Geórgia.

Além da montagem de armadilhas, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) é acionado para coletar cães e realizar exames sobre infecção, enquanto o setor de Endemias realiza o manejo ambiental e dá início às borrifações. Só na sexta-feira (20), 46 amostras de sangue foram coletadas em animais nas redondezas dos locais onde possivelmente houve as infecções.

“Se os cães forem diagnosticados com leishmaniose, os donos são orientados a procurar um tratamento eficaz com um veterinário de confiança e, claro, com a responsabilidade de realizar o tratamento. Caso o dono opte pela eutanásia o mesmo deve levar o animal até o CCZ para os devidos procedimentos”, explicou o médico veterinário Hugo Nogueira Faria, coordenador do centro de zoonoses.

A diretora de Vigilância pede que quintais e imóveis sejam mantidos livres de entulho, matéria orgânica e folhas, para evitar a proliferação do flebótomo –que transmite a leishmaniose. Da mesma forma, prega-se a posse responsável dos cães, com uso de coleira repelente ou citronela para evitar contaminação do animal.

Fonte: Humberto Marques / Campo Grandes News

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