Sem reajuste salarial e sem prefeito, servidores da saúde cruzam os braços
Descontentamento dos servidores públicos da saúde já motivou outras mobilização no ano passado. Arquivo/94 FM
Enquanto o prefeito Murilo Zauith (PSB) está afastado do cargo em viagem aos Estados Unidos, a população de Dourados continua a ser penalizada pela incompetência da administração municipal. Quem recorrer à rede de saúde nesta quinta-feira (10) vai se deparar com atendimento limitado. Apenas 30% dos servidores devem trabalhar amanhã.
O motivo dessa redução drástica no quadro funcional é o descontentamento do funcionalismo público. Organizados pelo Fórum dos Trabalhadores em Saúde, eles cruzam os braços e não trabalham em protesto amanhã. A categoria ainda aguarda o reajuste salarial que a Prefeitura de Dourados deveria ter concedido 1º de abril, data-base estabelecida em lei para que houvesse ao menos a reposição do índice inflacionário de 6,28%.
SEM PREFEITO
Apesar do atraso no pagamento do reajuste e da já anunciada paralisação de protesto, o prefeito Murilo Zauith abandonou o município temporariamente no dia 3 deste mês e só deve retornar de viagem aos Estados Unidos na sexta-feira (11). Nesse período, o prefeito em exercício, Odilon Azambuja (PMDB), até tentou conversar com os servidores, mas sem poder de ação, vai ter que assistir ao protesto.
“Ele recebeu a comissão pedindo para esperar o prefeito voltar e não fazer a paralisação. Afirmamos que respeitamos ele, mas o movimento não pode voltar atrás porque a saúde está unida e não vai mais falar amém aos desmandos da administração”, informou Berenice de Oliveira Machado Souza, presidente do Conselho Municipal de Saúde e representante do Fórum da categoria.
PROTESTO
E a mobilização será bem visível para o chefe do Executivo. Isso porque um protesto será realizado no Cam (Centro Administrativo Municipal). “De manhã, das 7h às 11h, vamos fazer um protesto no pátio da prefeitura e às 13h vamos para a praça fazer panfletagem para esclarecer a população sobre os motivos da paralisação”, explicou Berenice.
Segundo ela, todos os servidores efetivos (concursados) devem aderir à paralisação. Isso inclui enfermeiros, médicos, técnicos e auxiliares de enfermagem, farmacêuticos e agentes de endemias, entre outros servidores que atuam na rede de saúde do município.
APOIO
“As unidades de saúde vão ficar com 30% de atendimento, apenas para urgência”, esclarece Berenice. “Poderíamos fechar as unidades, mas em respeito à população, para ela não ser mais penalizada do que já tem sido, não vamos fechar as unidades. Nelas vão estar os servidores comissionados [nomeados], ocupantes de cargos de chefia e os profissionais do Mais Médicos”.
De acordo com a representante dos servidores da saúde, a mobilização já conta com o apoio de Sindicato dos Bancários, Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados) e Sinsemd (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Dourados). Este último fará assembleia nesta quinta, às 18h, para discutir salários e adequação do estatuto.
Fonte: 94 FM
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