Vigilância em Saúde de Dourados está em alerta com prevenção ao Ebola

13/10/2014 11:35 Saúde
Africano suspeito de estar com a doença sendo levado para a Fundação Osvaldo Crus, no Rio de Janeiro.. Reuters
Africano suspeito de estar com a doença sendo levado para a Fundação Osvaldo Crus, no Rio de Janeiro.. Reuters

A Vigilância Epidemiológica de Dourados mantém uma posição de alerta e de instrução aos servidores da saúde para possíveis casos suspeitos de Ebola. Conforme apurado pelo Dourados News, após o caso suspeito que surgiu no Estado do Paraná, que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, o alerta foi redobrado no município, assim como deve acontecer no Estado.

Durante todo o dia de ontem a diretora estadual de Vigilância em Saúde, Bernadete Lewandowiski, esteve em reunião que seria para tratar do assunto, apesar do Estado ter um protocolo de controle em vigor desde setembro deste ano, que foi elaborado junto ao Ministério da Saúde. O Dourados News não conseguiu contato com a diretora para maiores detalhes até a publicação desta matéria.

Segundo o gerente do núcleo de controle epidemiológico de Dourados, Devanildo de Souza, a fronteira seca aberta de Mato Grosso do Sul e a migração ‘comum’ de trabalhadores africanos – país onde a epidemia mundial começou – para o Estado são motivos de alerta e preocupação.

“Seguimos o protocolo estadual e estamos aguardando qualquer nova estratégia de prevenção ser repassada pelo Estado e Ministério da Saúde. A fronteira seca e essa migração freqüente são preocupantes, então o cuidado com os sintomas e possíveis casos suspeitos está, de fato, redobrado”.

Conforme informado pelo gerente epidemiológico, todos os profissionais da rede pública e também privada de saúde estão recebendo orientações sobre como proceder no caso de atenderem um paciente que tenha consigo um histórico de risco e também apresente sintomas.

“A essência que inclusive está no protocolo estadual é de que qualquer caso suspeito deve ser relatado à vigilância e ao Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência]. Diante disso, iremos isolar esse paciente e encaminhar o caso ao Ministério da Saúde, que fará a condução dos demais procedimentos”.

Souza alertou que além dos profissionais, a população deve estar atenta a possíveis casos. “Toda pessoa que vem de país com surto ou teve contato com alguém desses país, e que durante 21 dias que é o período de encubação do vírus, apresentar sintomas, deve ser observada pelos agentes de controle da saúde no município, por ser um caso suspeito”. O telefones para mais esclarecimentos em Dourados são (67) 8468-8078 e 3424-8167.

Caso suspeito no país não foi confirmado
Conforme a Agência Brasil, o Ministério da Saúde divulgou na manhã deste sábado (11) o resultado do exame para diagnóstico de ebola no paciente da Guiné, suspeito de infecção pelo vírus. O resultado do teste preliminar deu negativo, no entanto, a confirmação só deve ocorrer depois de um segundo exame, cuja amostra será coletada amanhã (12), 48 horas após a coleta da primeira.

Souleymane Bah, 47, continua em isolamento total no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro (RJ). 64 pessoas que tiveram contato com ele estão sob vigilância. O caso suspeito de ebola foi notificado na quinta-feira (9), em uma Unidade de Pronto-Atendimento em Cascavel, no Paraná, e o paciente foi transferido para tratamento no Rio de Janeiro.

Ele saiu da Guiné, na África Ocidental, no dia 18 de setembro, com conexão no Marrocos, e chegou ao Brasil em 19 de setembro. Por apresentar febre e ter vindo de um dos países com casos da doença, o caso foi classificado como suspeito.

Na nota divulgada hoje, "o Ministério da Saúde esclarece que adotou todos os procedimentos necessários para a interrupção de uma possível cadeia de transmissão do vírus. E adotou todos os procedimentos previstos no Regulamento Sanitário Internacional".

O ebola é transmitido por meio do contato com o sangue, tecidos ou fluidos corporais de indivíduos doentes, ou pelo contato com superfícies e objetos contaminados. O vírus é transmitido quando surgem os sintomas.

 

Fonte: Thalyta Andrade/Dourados News

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