Ministro diz que pode contratar mil policiais para a PF e PRF
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira (28) que foi autorizado a contratar mil novos policias federais e rodoviários federais.
Jungmann, que tomou posse nesta terça-feira (27), afirmou que uma de suas primeiras ações à frente da pasta da Segurança foi acionar o Ministério do Planejamento para saber com quais recursos vai poder contar.
Ele disse que a pasta terá R$ 2,7 bilhões de orçamento para este ano e não sofrerá nenhum contingenciamento de verba. O ministro afirmou ainda que o dinheiro deverá sair do Ministério da Justiça, pasta que antes era responsável pela Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, órgãos agora sob a alçada da Segurança Pública.
“Sobre a necessidade e urgência de reforçar recursos humanos, especialmente na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal, estamos autorizados a fazer concursos, com 500 novos agentes para a Polícia Federal e 500 novos agentes na Polícia Rodoviária Federal”, afirmou Jungmann, em entrevista coletiva.
Segundo o ministro, os concursos para a PF e a PRF ainda não têm data definida, mas devem acontecer ainda em 2018.
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Jungmann afirmou ainda que pretende duplicar o contingente de policiais federais em postos de fronteira. Segundo o ministro, o número passará a 300 agentes.
Ele também disse que vai reforçar a área de combate aos crimes de corrupção, com a realocação de 20 delegados para o setor. Segundo Jungmann, é uma "área que tem tido uma grande demanda".
Em relação à PRF, o ministro disse que pretende aumentar para 330 o número de postos de videomonitoramento de estradas, dentro de um programa a ser chamado de Alerta Brasil.
Além da adoção de um sistema de plantão voluntário de policiais rodoviários. O governo compraria horas de folga desses agentes.
Policiais nas ruas
O ministro também disse que a pasta quer “policiais nas ruas”. Por isso, afirmou que vai conversar com os governos estaduais sobre o tema.
Ele citou, como exemplo de situação que pretende mudar, o caso do Rio de Janeiro, que tem, segundo o ministro, um número excessivo de policiais em funções administrativas.
“Queremos policiais nas ruas, não como acontece no Rio de Janeiro, em que mais de 2500 policiais estão em atividades de outros órgãos, realizando outro tipo de atividade que não nas ruas”, afirmou.
Ele afirmou que objetivo é que o número de policiais em funções administrativas não passe de 2% do total da corporação.
Segundo o ministro, as medidas anunciadas nesta quarta são “iniciais” e voltadas para tentar resolver “gargalos” da segurança pública.
Intervenção Federal
Jungmann também comentou a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. Questionado sobre quais serão os gastos com a operação, ele afirmou que os detalhes ainda serão apresentados pelo presidente Michel Temer.
Sobre a possibilidade de outros estados solicitarem intervenção, o ministro afirmou que não vê outro caso que justifique essa demanda.
“Não vejo, em que pese situações graves, aflitivas em muitos outros estados, eu não vejo uma outra situação que demande outra intervenção”, disse.
Força Nacional
Durante a entrevista, Jungmann afirmou, sem dar detalhes, que nova pasta tem a intenção de tornar a Força Nacional um órgão permanente.
Atualmente, a Força Nacional é um programa não-permanente de cooperação entre estados e União. A Força Nacional executa, através de convênio, atividades de preservação da ordem pública e atua em situações de emergência na segurança de pessoas e do patrimônio.
Segundo a assessoria do ministro, a ideia é transformar o atual modelo permanente, algo menos improvisado, com efetivo próprio, mas que continuaria a atuar através das demandas estaduais.
Fonte: G1/DA // Foto: Bernardo Caram / Midiamax
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