Alunos do Sesi Dourados levarão “tijolo adaptado” para torneio nacional de robótica

01/02/2020 17:26 Tecnologia e Ciência
Novo formato do material, segundo idealizadores, reduz desperdício em obras e permite instalação de tomadas sem a necessidade de quebrar paredes - Crédito: Divulgação
Novo formato do material, segundo idealizadores, reduz desperdício em obras e permite instalação de tomadas sem a necessidade de quebrar paredes - Crédito: Divulgação

A equipe “Mega Mente”, do SESI de Dourados (MS), apostará em um novo modelo de bloco modular, semelhante ao formato de um tijolo, na etapa nacional do Torneio de Robótica FIRST LEGO League (FLL). A competição ocorrerá entre os dias 3 e 6 de março, em São Paulo, e faz parte de um programa internacional de exploração científica que promove o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática no ambiente escolar por meio de atividades lúdicas. 

Segundo a aluna Yasmim Fidelis, de 16 anos, o projeto, batizado de Bloco Híbrido Modular, nasceu para resolver um problema comum na construção civil: o desperdício de materiais. “Desenvolvemos um protótipo de tijolo. O nosso tijolo tem uma perfuração semelhante ao tijolo modular e tem um lado que é tijolo oito furos. Pensamos na adaptação e pensamos na passagem de fiação e encanamento”, detalha.

Yasmim garante que, com esse novo formato, haverá redução no desperdício, porque não precisaria mais, por exemplo, quebrar uma parede para inserir tomadas ou qualquer tipo de fiação. Assim, segundo ela, o impacto ambiental também seria menor.

Para a jovem, poder desenvolver soluções como essa, dentro de um torneio nacional, é fundamental para seu futuro no mercado de trabalho. “Eu acho incrível, já participo há três anos da FLL. É um momento de aprendizado que você consegue compartilhar ideias com várias equipes, adquirir mais responsabilidade e o fato de você estar apresentando um projeto é algo inesquecível”, completa.

Para o técnico da equipe, o professor de física Wesley Coelho, a possibilidade de os alunos juntarem conhecimento técnico e crescimento humano em uma mesma experiência é uma das vantagens do torneio. “Participar da competição proporciona uma experiência incrível. Além de estar atuando diretamente na metodologia STEAM com os alunos, que é aprender fazendo, acima disso está o aprender ser. Aquilo que você coloca de valores para os alunos, isso não tem preço”, afirma.

A competição

O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reúne 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. De 31 de janeiro a 16 de fevereiro, haverá as disputas regionais. Os melhores times garantem vaga na etapa nacional, que ocorre em março, em São Paulo.

O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens. Todo ano, a FLL traz uma temática diferente. Em 2020, os competidores terão que apresentar soluções inovadoras para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e prédios.

O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mol, ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio, uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja desenvolvido”, garante.

Fonte: Agência do Rádio

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