Destroços de estação espacial cairão na Terra nas próximas semanas

Partes da América do Sul estão entre os prováveis locais da colisão de satélite chinês: chances de alguém ser atingido por um destroço, entretanto, são menores do que ganhar na loteria
07/03/2018 07:27 Tecnologia e Ciência
Tiangong-1 (Foto: Divulgação)
Tiangong-1 (Foto: Divulgação)

Enquanto estávamos ocupados demais pensando se o carro enviado ao espaço por Elon Musk poderia colidir com a Terra ou não, os cientistas já estavam de olho em outro objeto. Se trata da estação espacial chinesa Tiangong-1, lançada em 2011, que colidirá com a Terra nas próximas semanas.

De acordo com pesquisadores norte-americanos da The Aerospace Corporation, a estação deve entrar novamente na atmosfera terrestre na primeira semana de abril. Já a Agência Espacial Europeia sugere que isso ocorra entre 24 de março e 19 de abril.

Os pesquisadores da corporação acreditam que a estação atinja algum lugar entre as latitudes 43º norte e 43º sul. As chances são um pouco maiores no Norte da China, Oriente Médio, centro da Itália, norte da Espanha e dos Estados Unidos, Nova Zelândia, Tasmânia e parte da América do Sul e do sul africano.

Em 2016, a China admitiu que tinha perdido o controle da nave.

Ainda segundo a Aerospace Corporation, há chances de que uma pequena quantidade de destroços sobreviva a entrada na atmosfera e atinja a Terra. “Se isso acontecer, os destroços sobreviventes devem cair em uma região com algumas centenas de quilômetros”, preveem. A corporação também alerta que o módulo espacial pode estar carregado de um combustível altamente tóxico e corrosivo chamado hidrazina.

Ainda assim, a corporação norte-americana afirma que as chances de alguém ser atingido pela Tiangong-1 “são um milhão de vezes menores do que ganhar o bolão da Powerball [loteria californiana]”.

Jonathan McDowell, astrofísico da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, lembra que o objeto deve ser observado com cuidado. “A cada par de anos alguma coisa assim acontece”, diz, se referindo a pequenos fragmentos que reentraram na atmosfera em janeiro e foram encontrados no Peru. “Mas o Tiangong-1 é grande e denso, então nós precisamos ficar de olho nisso”, disse o cientista em entrevista ao The Guardian.

(Com informações de The Guardian)

Fonte: Galileu

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