Casal de catadores de lixo pede ajuda após nascimento de bebês gêmeos prematuros em MS

Além dos bebês que nasceram no dia 31 de janeiro, o casal tem outras duas crianças de 2 e 3 anos. A família mora em um barraco no Jardim Campo Nobre, em Campo Grande.
09/02/2018 16:10 Variedades
Gêmeos nasceram no fim de janeiro e precisam de alimentação especial (Foto: Reprodução/TV Morena)
Gêmeos nasceram no fim de janeiro e precisam de alimentação especial (Foto: Reprodução/TV Morena)

A situação de um casal de catadores de reciclados ficou ainda mais complicada depois do nascimento dos gêmeos no dia 31 de janeiro. Os bebês necessitam de alimentação especial, mas a família precisa até de material de construção para reformar o barraco onde mora no Jardim Campo Nobre, em Campo Grande.

“A gente vive dos bicos que ele faz em um lote. Mas de reciclado não dá não”, afirmou a dona de casa Nelsa Rodrigues.

Além do casal e dos gêmeos, ainda vive da casa de um cômodo mais duas crianças de 2 e 3 anos. Elas brincam no terreno em meio a entulhos e material reciclado.

“Aqui tem de tudo, cobra, escorpião. Uma vez dormindo, 3 h da manhã o escorpião pegou ele na cama e foi parar no UPA, e os neném?”, contou a mãe das crianças.

A sorte da família foi encontrar a servidora pública Lindavalda Lima. Ela viu quando Nelsa entrou em trabalho de parto.

“Eu estava em casa quando ela passou em casa em serviço de parto, com contração, pedindo socorro. Ela já estava com a bolsa estourada e eu saí e recolhi e coloquei no sofá de casa. Não tinha outra opção porque não tinha como colocar ela no carro e saí. Eu chamei o Samu e veio de prontidão e foi levado para o UPA Universitário e vieram duas bênçãos”, disse Lindalva.

A ajuda continuou depois do nascimento dos bebês. A servidora pública limpou o barraco e ainda lava e passa as roupinhas dos gêmeos.

“Eles não têm tanque e nem máquina para lavar as roupinhas, então eu venho, pego as roupinhas sujas, lavo e trago limpinhas”, contou Lindalva.

Com a aproximação do inverno, a família vai precisar reformar o local onde moram para as crianças não passarem frio e, por isso, pedem doação de material de construção. Mas estão precisando de alimentos, roupas para as crianças e alimento especial dos bebês.

Como não têm telefone, as pessoas podem levar até a casa da família Claudio Coutinho, 40, perto da Comunidade São Vicente de Paulo.

Fonte: G1 MS

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