Indígenas mantem bloqueio no anel viário em protesto contra acidentes; eles falam em cavar um

21/07/2014 09:06 Variedades
Índios durante bloqueio da MS 156, em fevereiro deste ano.. Foto por Aislan Nonato
Índios durante bloqueio da MS 156, em fevereiro deste ano.. Foto por Aislan Nonato

Indígenas residentes na região do Anel Rodoviário de Dourados fecharam a rodovia após mais um acidente que deixou Lenilza Nunes Fernandes em estado grave. Famílias inteiras foram para o trecho em protesto.

Segundo o líder caiuá, Silvano da Silva Duarte, o bloqueio não tem hora para acabar. "Nenhum condutor vai passar até que alguém [autoridade] venha aqui para conversar. A gente mora aqui e não vai sair", disse, revoltado, o caiuá.

Em entrevista ao Douradosagora, há pouco, Silvano contou que é grave o estado de Lenilza. "Ela sofreu uma parada cardíaca longa e foi reanimada". Ela permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Vida (HV).

Na perimetral, mais conhecida como Anel Viário, os indígenas estão dispostos, inclusive, a escavar um "valetão", para bloquear de uma vez o tráfego ali. De acordo com Silvano, são três mortes em 90 dias. "Não tem segurança, aqui, isso não acontecerá novamente", desabafa o líder caiuá.

As famílias que residem na região do Anel Viário e bairro Monte Carlo estão aflitas com a falta de segurança, tanto para pedestres e ciclistas, quanto para condutores que trafegam às centenas todos os dias pela rodovia que corta caminho entre a entrada da cidade, perto da penitenciária, e o campo universitário onde estão a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). A via também dá acesso ao quartel da Brigada Guaicurus, diversos bairros, distritos e o aeroporto municipal Francisco de Matos Pereira.

No começo da manhã de hoje (21) foi comentado nas ruas de Itaporã sobre bloqueio também na rodovia MS 156, que liga a Cidade à Dourados, porém esta informação não procede até o fechamento desta.

 

Fonte: Dourados Agora

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