Presídio Feminino vai para área ao lado da Máxima
O Presídio Feminino que seria instalado em área central de Dourados, será construído ao lado da Máxima de Dourados. A afirmação é do governador André Puccinelli, que esteve em Dourados na semana passada.
Segundo André, a intenção é utilizar o sistema de água e esgoto recém implantado naquela região para atender as dependências do novo Semiaberto, unidade que deve ser inaugurada ainda este mês. No entanto, segundo o governador, esta proposta de construção da nova unidade ainda depende de parcerias com o Governo Federal para a alocação de verbas.
A superlotação nas unidades prisionais de Jateí, Rio Brilhante e Ponta Porã, seria um dos motivos que leva o Estado a instalar o presídio em Dourados. Segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário, (Agepen) os três estabelecimentos concentram hoje 286 detentas, a maioria é de Dourados.
De acordo com o promotor de Justiça de Execução Penal, Juliano Albuquerque, por ser rota do tráfico a cidade de Dourados concentra o maior número de detentas. O crime é o que mais gera prisões entre pessoas do sexo feminino nesta região.
O problema é que não há vagas em nenhum presídio feminino do Estado e como Dourados acaba concentrando número elevado de flagrantes, as detentas acabam sendo instaladas, de forma irregular, em celas do 1ª Distrito Policial. “Já houve finais de semana em que havia 15 mulheres numa cela. Há cerca de 3 anos chegamos a registrar 40 presas na delegacia. O delegado pede a vaga, mas as vezes ela só chega muito tempo depois.
As mulheres, além de não estarem passando pela ressocialização, também não dispõe de local adequado como o banho de sol, espaço para visitas e atividades físicas como existe no presídio, projetado para oferecer estes recursos. Cela é para que o preso fique por um tempo curto e provisório ,num prazo de no máximo uma semana”, destaca.
Segundo Juliano a instalação do presídio em Dourados seria uma saída para resolver este impasse. Conforme o promotor, a medida que está sendo tomada pelo Estado foi apresentada como forma de atender aos pedidos da promotoria em resolver a superlotação e falta de vagas. “Enquanto promotor, não entro no mérito sobre se existe a necessidade de instalar em Dourados ou onde o Estado deve construir o presídio. O que queremos é que ele abra mais vagas para que as detentas desocupem as celas do 1º Distrito Policial e resolva o problema”, destaca.
O promotor é responsável por interditar o Semiaberto em Dourados o que obrigou o Estado a construir nova unidade.
Fonte: Dourados Agora
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