Secretário reafirma que funcionamento de IML depende de equipamentos, mas não aponta prazo

31/07/2014 12:58 Variedades
Secretário Wantuir Jacini (à direita) ao lado do juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados, Zaloar Murat Martins, durante entrega de melhorias
Secretário Wantuir Jacini (à direita) ao lado do juiz da Vara da Infância e Juventude de Dourados, Zaloar Murat Martins, durante entrega de melhorias

Durante a cerimônia realizada na manhã desta quinta-feira que oficializou a entrega das obras de melhorias na Unei masculina (Unidade Educacional de Internação) Laranja Doce, em Dourados, o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, voltou a dizer que o funcionamento do IML (Instituto Médico Legal) do município depende da licitação para compra de equipamentos que irão ocupar a estrutura já pronta e que está à disposição na Urpi (Unidade Regional de Perícia e Identificação Civil), entregue no ano passado.

“A estrutura física está pronta, o que não está pronto ainda são os equipamentos. Alguns já estão disponíveis e outros não, e assim que todos estiverem instalados o IML entra em funcionamento. Eu pedi as informações e espero que até amanhã eu receba as respostas do prazo para instalação dos equipamentos este ano ainda, com certeza”, garantiu Jacini.

O secretário já havia dado a mesma declaração em oportunidades anteriores. Jacini discordou ainda da acusação feita por representantes sindicais de policiais civis e peritos no Estado de que a situação alarmante quebra a cadeia de custódia que é uma normativa que existe para não deixar que a prova criminal perca o valor. Como funerária é órgão particular, um laudo pericial feito lá pode ser base para contestação de segurança e credibilidade, segundo sindicalistas. “Discordo porque o Código do Processo Penal diz que a autoridade policial pode tomar providências para garantir o trabalho do perito”, rebateu Jacini sem se estender sobre o tema, e minimizando a questão.

Após o acidente envolvendo ônibus e um caminhão na BR-163, entre Dourados e Douradina, que deixou cinco mortos, novamente as vítimas foram levados para uma funerária. O presidente do Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul), Alexandre Barbosa, criticou a situação, e disse que encaminharia novo ofício à Sejusp/MS cobrando o funcionamento do IML (confira matéria clicando aqui).

Nesta quinta-feira, o vice-presidente do sindicato, Roberto Simeão de Souza, fez coro às críticas. “Nunca vi uma licitação e um processo para instalação de equipamentos que demora mais de um ano para se concluir. Temos equipamentos novos em caixas e que não foram instalados até hoje lá [no IML em Dourados]. É um problema que afeta a todos, são coisas feitas com recurso da sociedade. Essa gestão fica empurrando a situação com a barriga e não vai resolver. Isso vai ficar se arrastando. Já falamos há mais de um ano e sempre vemos o secretário dar este tipo de declaração, que na verdade entendemos como uma desculpa que deixa nítida a falta de vontade de fazer a coisa andar”, acusou Simeão.

Por fim, o representante sindical ressaltou que demais órgãos competentes deveriam intervir na situação, e que a sociedade também tem um papel fundamental no processo para que este não se torne mais um ‘elefante branco’. “A sociedade precisa cobrar. Não entendemos o porquê dessa situação estar do jeito que está, proporcionando um prejuízo coletivo, e o Ministério Público, por exemplo, não se manifestar para cobrar do Estado que faça o IML funcionar. O que nós enquanto sindicato podemos fazer, já fizemos”.

Fonte: Dourados News

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