Com a repercussão da matéria de ontem (23) deste site, em que republica notícia de quase um ano atrás, do Jornal O Progresso. Na ocasião o prefeito de Itaporã, afirma que seria implantado um ESF para atender a população indígena. O vice-cacique da aldeia Jaguapiru, Laucídio Ribeiro Flores, se pronunciou sobre o caso com exclusividade para o iFato.

Durante participação da equipe do site em reunião dos indígenas sobre os protestos que bloquearam, e bloquearão novamente amanhã (25), a rodovia MS-156, o iFato conversou com o vice-cacique da aldeia Jaguapiru, sobre os temas em que eles reivindicavam.

Ele citou todos (esquecendo apenas da falta de agua corrente desde meados de dezembro de 2013), dando ênfase a questão da precaridade da saúde dentro das aldeias, e lembrou da matéria publicada no site, em que o prefeito de Itaporã prometeu um ESF para atender os indígenas, e foi enfático nas suas palavras. Acompanhe a entrevista na integra em vídeo ou transcrita a seguir.

 

“Olá, boa tarde, meu nome é Laucidio Ribeiro Flores, sou vice-cacique na aldeia Jaguapiru. Eu estou aqui hoje dentro da minha aldeia, na qual nós estamos fazendo um manifesto referente a saúde, na qual vem sofrendo muito com o descaso com todo o nosso povo. Primeiramente quero dizer que está faltando remédio nos postos aqui da nossa aldeia, os funcionários nossos indígenas e não indígenas estão com os salários a um mês de atraso, isto é inadimissível , e a chefia de Campo Grande, do SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena) que não troca, que não poe alguem logo lá fixo, responsável para atender a questão da saúde indígena. Pensando nisso, eu soube de uma matéria da Prefeitura de Itaporã, na qual o prefeito disse que iria construir um posto de saúde na “vila” Bandeirantes, próximo a aldeia para atender os indígenas que habitam na aldeia Jaguapiru, e até hoje eu vejo que isso só é promessa, porque isso já foram a alguns meses atrás, eu vejo que se o prefeito disse isso, é importante ele concluir o que foi dito, porque mostrar na imprensa uma coisa que parece, teoricamente, que ta muito bom, mas que na pratica está um descaso, eu penso que isso é muito triste para nós indígenas. Muito obrigado”.

 

Segundo a administração municipal, o ESF Bandeirantes será agregado ao Posto de Saúde da grande COHAB, porém os indígenas falam que se torna inviável a locomoção de aproximadamente 14 quilômetros. “Para nós não vai mudar nada e do jeito que está hoje, para fazer uma consulta é mais fácil ir em Dourados”, concluiu um dos líderes que estavam presente.

Demostrativo do trajeto que terá que ser feito pelas pessoas que moram na região do Bandeirantes.

 

Fonte: iFato