O acusado de 37 anos de matar a facadas a mulher de 30 anos em Anaurilândia, município 367 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, foi condenado a 12 anos de prisão, em regime fechado, nesta quinta-feira (22). O crime aconteceu em junho de 2016, durante o chá de bebê da irmã da vítima.

Os jurados consideraram o acusado culpado porque deu golpes de faca no abdômen da mulher ao chamá-la para conversar a sós durante o evento. A vítima ainda conseguiu desviar de alguns golpes, mas não resistiu aos ferimentos na barriga e morreu.

A juíza do Tribunal do Júri Camila de Melo Mattioli Gusmão Serra Figueiredo, na comarca de Anaurilândia, considerou a materialidade dos fatos pelos depoimentos das testemunhas e pelo laudo de exame de corpo de delito.

Além disso, na avaliação da magistrada, houve indícios de que houve fatores que dificultaram a defesa da vítima. A denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) apontou que o fato da vítima estar desarmada e ter sido convidada para uma conversa em particular pelo acusado, que tinha uma faca, são recursos que dificultaram a própria defesa.

Conforme o MPE, o crime de feminicídio foi configurado porque o acusado era ex-marido da vítima e o fato aconteceu por causa de violência doméstica e familiar contra a mulher.

Na sentença, a juíza fixou a sentença em 12 anos de reclusão, em regime fechado, porém, tendo em vista que o Conselho de Sentença reconheceu a presença de duas qualificadoras e uma delas foi usada na fixação da pena base, considerou a utilização de meio que dificultou a defesa da vítima como circunstância agravante.

O crime aconteceu no dia 4 de junho. A vítima tinha comemorado o aniversário de 30 anos dois dias antes do fato, conforme mensagens de felicitação deixadas por amigos e familiares na página pessoal dela.

Na manhã do dia em que foi morta, a mulher ainda postou uma mensagem de "indireta" em uma rede social sobre o companheiro. A mensagem diz: “Confio no meu taco, mas se ficar de mimimi com meu marido, o taco vai parar na sua cara!”.

Logo depois das agressões no chá de bebê, o acusado fugiu. Na época, a polícia fez buscas em Bataguassu e no Distrito de Nova Porto XV, onde ele tinha familiares.

Fonte: Por G1 MS / G1 MS