Corregedor proíbe reuniões políticas em presídio onde está Puccinelli
O juiz Alexandre Antunes, corregedor do Centro de Triagem Anísio Lima, no Jardim Noroeste, determinou que sejam vetadas as reuniões políticas no local com o ex-governador André Puccinelli (MDB), preso desde o dia 20 de julho. Mesmo sem base legal, políticos estão visitando Puccinelli no local sem qualquer restrição.
À reportagem, o juiz havia dito que solicitaria informações para se pocionar sobre a situação. Pouco tempo depois, em ofício à Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário), ele pediu explicação sobre visitas fora dos horários pré-determinados e também determinou a proibição de realização e reuniões políticas.
Normalmente, as visitas nesse complexo penitenciário são, aos domingos, mediante cadastrametno anterior. "A regra é para todos", afirmou o magistrado.
Quanto aos advogados, o magistrado disse ao Campo Grande News que podem visitar Puccinelli os que representam o cliente no processo, diante do fato de que políticos quem são formados em direito e têm registro na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) estavam visitando o ex-governador, que era candidato até domingo passado.
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou havia informado que as visitas dos parlamentares são permitidas com base no artigo 58 da Constituição Estadual. O texto diz que "os deputados terão acesso às repartições públicas estaduais para se informarem sobre qualquer assunto de natureza administrativa". Não há citação a outros políticos, como ministros e parlamentares federais.
Conforme a agência, a notificação do juiz foi recebida e será cumprida. O órgão informou que a preocupação coincide com uma medida já adotada, de solicitar parecer jurídico sobre a criação de uma norma específica de visitação nos estabelecimentos penais no Estado.
"Comitê de campanha" - A prisão de Puccinelli levou ao Centro de Triagem deputados estaduais, senadores e representantes do MDB. Hoje, dia que antecede à convenção da leganda, o movimento se intensificou no presídio. Passaram pelo local os deputados estaduais Renato Câmara, Eduardo Rocha e o presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi, além do presidente do MDB em Campo Grande, Ulisses Rocha, e o senador Waldemir Moka, vice-presidente estadual da legenda.
O ministro Carlos Marun também esteve no presídio. No sábado quem passou foi a senadora Simone Tebet, dia que, segundo ela, recebeu o convite para substituí-lo na candidatura do MDB.
Preso como parte das investigações da Operação Lama Asfáltica, André divide cela com mais 20 presos, entre eles o filho, o advogado André Puccinelli Junior e o advogado João Paulo Calves, sócio de Puccinelli Junior no institulo Ícone.
Todos esperam decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre pedido de habeas corpus.
Fonte: Marta Ferreira e Anahi Gurgel / Campo Grandes News
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