Desembargadores concedem liberdade a Giroto, Amorim e outros presos pela PF

Detidos há 10 dias, todos são investigados na Lama Asfáltica
19/03/2018 16:52 Justiça
Foto: Reprodução
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O empresário João Krampe Amorim, o ex-deputado federal Edson Giroto e os outros investigados na Operação Lama Asfáltica presos há 10 dias tiveram liberdade autorizada pela Justiça. Decisão dos desembargadores da 5ª Turma do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), emitida na tarde desta segunda-feira (19), acatou pedido de habeas corpus das defesas.

Amorim, Giroto, Wilson Mariano e Flávio Scrocchio estão presos no Centro de Triagem de Campo Grande desde o dia 9 de março. Eles e mais quatro mulheres foram presos depois do STF (Supremo Tribunal Federal) revogar decisão anterior que os mantinha livres.

Ana Paula Amorim Dolzan, Mariane Mariano de Oliveira, Rachel Giroto e Elza Cristina Araujo dos Santos estão detidas em regime domiciliar.

Advogado de Giroto, Valeriano Fontoura disse ao Jornal Midiamax que a decisão da 5ª Turma do Tribunal saiu há pouco durante julgamento em São Paulo e deve ser encaminhada à Justiça Federal em Campo Grande, que notificará o Centro de Triagem para que Amorim, Giroto e os outros detidos sejam soltos.

Deflagrada em 2016, a Operação Fazendas de Lama investigou a existência de uma organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atuante no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica. Os contratos sob investigação envolviam mais de R$ 2 bilhões.

Os policiais encontraram indícios de procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

Apenas em Mato Grosso do Sul foram detectados 66 mil hectares em fazendas que teriam sido compradas pelo grupo, nos municípios de Rio Negro, Corumbá, Aquidauana, Anastácio, Jaraguari e Figueirão, além de propriedades em cidades no interior paulista.

Segundo o delegado da Receita Federal, Flávio de Barros Cunha, o grupo usava familiares como laranjas. Eles abriam empresas e faziam a distribuição de lucros.

Outros quatro contratos da gestão Puccinelli para manutenção de estradas pavimentadas e não pavimentadas no município de Campo Grande, e dois lotes da pavimentação da MS-140 entre a Capital e Santa Rita do Pardo, também estão no alvo das investigações, com suspeita de fraudes.

A ação, que envolveu 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal cumpriu 28 mandados de busca e apreensão , bem como 24 mandados de sequestro de bens dos investigados, dentre eles imóveis rurais e urbanos e contas bancárias. A operação ainda apreendeu dois aviões, um do empreiteiro João Amorim e outro do empresário João Baird.

Fonte: Aliny Mary Dias / Midiamax

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