Família Hoshida clama por justiça
Somente depois de dois anos e meio de espera, a família Hoshida participou da primeira audiência do processo civil, sobre o trágico acidente que invalidou o médico Eidy Hoshida, ontem no Fórum de Dourados.
Os familiares fizeram questão de levar o médico na audiência, que o tempo todo esteve acompanhado das netos, dois deles vestiam camisetas com fotos do avô e o dizer “Justiça! Caso dr. Eidy Hoshida”.
A ação está sendo movida contra condutor, que na época tinha 18 anos, não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e conduzia uma caminhonete GM/S10 que bateu no veículo onde estava o médico.
O jovem transitava pela rua João Cândido da Câmara e teria invadido a Rua Monte Alegre, que é preferenci-al, batendo no veículo conduzido por dr. Hoshida.
Existem indícios de que o veículo estaria em alta velocidade, pois capotou parando com as rodas para cima. Testemunhas, inclusive um bombeiro, teriam confirmado a informação.
Com o impacto dr. Hoshida sofreu politraumatismo craniano grave, trauma de tórax, fraturas e derrame pleural.
O acidente aconteceu no dia 2 de outubro de 2007 e até hoje a família sofre com a demora do processo, dependendo de apoio de parentes, amigos e colegas de profissão do médico.
“Durante todo esse tempo o acusado nunca colaborou em nada e nem se que nos procurou para desculpar-se pelos danos causado.
Ainda bem que tivemos o apoio de muitos amigos, parente e até de hospitais. Não sei o que seria de nossa família sem toda essa ajuda”, agradeceu a esposa do médico Marlucia de Oliveira Hoshida.
Ela narrou toda a aflição da que passou com o marido e os filhos depois do acidente. Ela conta que dr. Hoshida chegou a fazer três seções de fisioterapia por dia.
“No começo foi muito triste, ver uma pessoa saudável como ele era ter a carreira encerrada de forma trágica.
Ele ficou 11 meses, sem se alimentar pela via oral. A nossa rotina e a dele mudaram totalmente. Ele necessita de um acompanhante o tempo todo, porque o lado esquerdo do corpo ficou paralisado por conta dos traumas que teve na cabeça e também se comunica pou-co e com dificuldade”, relembra a esposa.
Marlucia diz que os dois anos e meio de espera pareceram uma eternidade para a família.
“Existem muitas brechas nas leis o que torna a caminhada longa. Hoje podemos dizer que o processo está tomando um novo rumo. Nossa família não vai desistir, confiamos na Justiça e acreditamos que assim como o réu já foi condenado na ação criminal, também será responsabilizado civilmente pelo que fez”, disse Marlucia.
Na audiência de ontem duas testemunhas da parte do réu voltaram a ser ouvidas e uma da parte do dr. Hoshida.
A imprensa foi impedida de filmar e fotografas a audiência. “O processo está mais ágil agora porque algumas testemunhas tanto da nossa parte, quando do réu, foram dispensadas. Acredito que logo esse processo chegara ao fim”, acredita Marlucia.
Fonte: Dourados Agora
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