Juiz dá liberdade a mais um empresário acusado de cartel do gás
Viatura da Polícia Militar em frente a uma distribuidora de gás em Dourados, durante operação do Gaeco, na semana passada (Foto: Adilson Domingos)
Mais um dos oito empresários presos na semana passada acusados de crime contra a ordem econômica por criarem um cartel para controlar o preço e a venda de gás de cozinha ganhou liberdade. Ontem (3), o juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados Luiz Alberto de Moura Filho revogou a prisão preventiva de Edvaldo Romera de Souza, 59.
Dono de duas revendas de gás localizadas na Rua Hayel Bon Faker, Edvaldo é o segundo empresário a ganhar liberdade. Na segunda-feira o mesmo juiz já havia revogado a prisão de Gregório Artidor Linné, dono da distribuidora da Copagaz em Dourados.
Assim como decidiu em relação a Gregório Linné, o magistrado estabeleceu pagamento de fiança de dez salários mínimo, totalizando R$ 9.540,00. Edvaldo Romera também está proibido de manter contato com os demais investigados e testemunhas do procedimento e teve suspenso o direito ao exercício de atividade empresarial por no mínimo 60 dias.
Para conseguir a revogação da prisão preventiva, a defesa de Edvaldo Romera alegou que ele é primário, tem residência fixa e trabalho lícito.
Outros três empresários também pediram liberdade e os recursos estão sendo analisados pelo juiz da 1ª Vara Criminal - Mauro Victol da Mgás, Márcio Sadão Kushida da Nippon Gaz e Rubens Pretti Filho da Graziele Gás.
Rogério dos Santos de Almeida, da distribuidora Supergabrás em Nova Andradina, e César Meirelles Paiva da Paivinha Gás, em Dourados, ainda não entraram com pedido de liberdade.
Os comerciantes foram presos durante a Operação "Laisse Faire", feita pelo Ministério Público em Dourados com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na terça-feira passada.
Segundo o MP, a quadrilha recorria até a ameaças de morte contra outros comerciantes para conseguir impor as regras do cartel de gás de cozinha. Os empresários são acusados de combinação de preços e outras práticas ilegais, como comercialização através de revendedores clandestinos e controle de mercado.
“Através desse esquema que existe há vários anos foram violados os princípios estabelecidos na Constituição Federal”, afirmou o promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior. Segundo ele, existe suspeita de facilitação do esquema por parte de agentes públicos responsáveis pela fiscalização. O caso também está sendo investigado.
Fonte: Helio de Freitas / Campo Grandes News
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