Justiça libera conteúdo de delação premiada de executivos investigados na Lava Jato

03/12/2014 14:49 Justiça
Juiz Sérgio Moro liberou depoimentos de dois executivos hoje 11.09.2008/J. F. DIORIO/Estadão Conteúdo

O juiz federal Sérgio Moro liberou, nesta quarta-feira (3), o conteúdo das delações premiadas de dois executivos, Júlio Camargo e Augusto Mendonça Neto, ambos ligados à empresa Toyo Setal.

O material é composto por 22 depoimentos, que explicam detalhadamente os esquemas de pagamento de propina entre empreiteiras e a Petrobras. Os investigados também falaram sobre o cartel de licitações da estatal ao MPF (Ministério Público Federal). 

Leia mais notícias de Brasil e Política

A liberação desses documentos atende ao pedido da defesa de uma das construtoras investigadas na operação Lava Jato.

7ª fase da Lava Jato

Os dois executivos fazem parte da sétima fase da operação Lava Jato, na qual a PF (Polícia Federal) investiga organizações criminosas responsáveis por desvio de dinheiro público e lavagem de grandes quantias de dinheiro na Petrobras. Foram expedidos 27 mandados de prisão, sendo seis de prisão preventiva e 21 de prisão temporária.

Também foi decretado o bloqueio de cerca de R$ 720 milhões em bens pertencentes aos investigados pela PF.

Participaram da operação 300 policiais federais, junto a 50 servidores da Receita Federal. Além dos 27 mandados de prisão, foram cumpridos outros 49 mandados de busca e apreensão e nove de condução coercitiva no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Onze mandados foram cumpridos em grandes empresas. Todos analisam crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

Está por dentro da operação Lava Jato? Saiba tudo sobre a investigação da Polícia Federal

A Lava Jato teve início em 17 de março de 2014 com o objetivo de desarticular organizações criminosas que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro e a prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.

De acordo com dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda, os grupos investigados registraram operações financeiras atípicas num montante que supera os R$ 10 bilhões.

Fonte: R7

COMENTÁRIOS

Usando sua conta do Facebook para comentar, você estará sujeito aos termos de uso e politicas de privacidade do Facebook. Seu nome no Facebook, Foto e outras informações pessoais que você deixou como públicas, irão aparecer no seu comentário e poderão ser usadas nas plataformas do iFato.