Leilões arrecadam R$ 60,681 mi com venda de armazéns da Cooagri em MS

31/07/2014 13:45 Justiça
Silos de estocagem de grãos da unidade de Maracaju da Coagri foi leiloada pela Justiça (Foto: Divulgação/Canal de Leilões).
Silos de estocagem de grãos da unidade de Maracaju da Coagri foi leiloada pela Justiça (Foto: Divulgação/Canal de Leilões).

Os dois leilões eletrônicos realizados no mês de julho para a venda de 18 unidades de armazenagem de grãos e estruturas industriais em 14 municípios de Mato Grosso do Sul, da Cooperativa Agrícola e Industrial (Cooagri), arrecadaram um total de R$ 60,861 milhões, com o arremate de 16 lotes, segundo dados da empresa responsável pelo certame, a Canal de Leilões.
O leilão foi determinado pela 2ª Vara Cível de Dourados, onde a cooperativa, que já foi uma das maiores do estado, estava sediada. O objetivo foi amortizar, pelo menos em parte, os cerca de R$ 300 milhões em dívidas trabalhistas, fiscais, com fornecedores, cooperados e instituições financeiras, que a entidade deixou, após ter sua liquidação judicial determinada em setembro de 2009.

Segundo dados da Canal de Leilões, as 18 estruturas colocadas a venda nos leilões estavam avaliadas inicialmente em aproximadamente R$ 77,644 milhões. O primeiro certame recebeu propostas até o dia 16 de julho. Foram vendidos sete lotes localizados em: Bonito, Douradina, Dourados (distrito de Itahum), Jardim, Maracaju (distrito de Vista Alegre), Rio Brilhante e Sidrolândia (Piqui), que arrecadaram um total de R$ 23,619 milhões.

Já o segundo certame, quando os preços dos lotes não vendidos na primeira rodada foram reduzidos em 30%, recebeu lances até o dia 29 de julho. Neste leilão foram vendidas nove unidades: Antonio João, Caarapó, Dourados (distrito de Indápolis), Itaporã, Laguna Caarapã, Maracaju (Água Fria), Ponta Porã, Ponta Porã (Guaibá) e Sidrolândia. O valor obtido foi de R$ 37,242 milhões, conforme dados da leiloeira.

Ainda conforme a empresa de leilões, a estrutura que obteve o maior valor nos certames foi a localizada na rodovia Água Fria, em Maracaju. Avaliada em R$ 17,808 milhões, foi vendida no segundo leilão por R$ 12,465 milhões. A unidade possui dois armazéns graneleiros com capacidade de 72 mil toneladas, indústria de milho e fábrica de ração, entre outras estruturas.
Das 16 unidades vendidas nos leilões, 12 lotes foram arrematados com somente um lance. A unidade de Caarapó foi a que teve a compra mais disputada no certame, recebendo 54 lances.

Apenas três estruturas foram vendidas por um preço superior ao estipulado para a venda no primeiro leilão: Douradina, Itaporã e Maracaju (distrito de Vista Alegre).
De acordo com a Canal de Leilões, somente duas estruturas da Cooagri colocadas à venda nos leilões, a de Aral Moreira e a de Campo Grande (no distrito de Anhanduí), não receberam lances e acabaram não sendo vendidas nos certames.

O liquidante judicial da Cooagri, Gilberto Darci Bernardi, disse ao Agrodebate nesta quinta-feira (31) que apesar do valor obtido nos leilões ter ficado abaixo da avaliação feita das estruturas, que os certames tiveram um resultado satisfatório. Ele disse que, conforme determinado pela Justiça, os recursos serão utilizados prioritariamente para o pagamento do restante dos débitos trabalhistas da cooperativa e em seguida para amortizar dívidas tributárias e hipotecárias (com instituições financeiras).

Em relação as estruturas não vendidas nestes dois leilões, Bernardi disse que possivelmente será feita uma nova avaliação desses imóveis, mas que enquanto isso não ocorre, se aparecerem propostas pelas duas unidades elas serão encaminhadas para análise da Justiça.

Fonte: G1 MS

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