Líderes de golpe milionário têm 3º pedido de liberdade negado em 1 mês
A Justiça negou pela terceira vez os pedidos para libertar Celso Eder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores, apontados como líderes de um golpe com promessa de trilhões e presos na operação Ouro de Ofir, realizada em 21 de novembro pela PF (Polícia Federal).
O último pedido de revogação da prisão preventiva foi negado no dia 15 de dezembro. À 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, a defesa alegou que não subsistem os motivos da prisão, que terminou o prazo do inquérito (indicando que a investigação ainda precisa de muito tempo para a conclusão) e que é possível substituir a previsão preventiva por medida menos gravosa.
Na decisão, a Justiça lembrou que um pedido de similar já havia negado em 30 de novembro e que não traz nova informação capaz de alterar a necessidade de prisão cautelar. A análise é que eles devem permanecer atrás das grades para interromper novos negócios ou continuidade de ações fraudulentas. A previsão era de que o inquérito fosse concluído pela PF na semana passada.
“Prematuro dizer, portanto, que o inquérito policial não vai ser concluído no prazo pela autoridade policial. Não está havendo excesso de prazo”, aponta a decisão.
A liberdade de Celso e Eder também foi negada em 3 de dezembro pelo TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região). No pedido de habeas corpus, a defesa apontou que os argumentos para a prisão não têm fundamentos e que a autoridade policial se eximiu de sua obrigação investigativa.
Para a desembargadora federal Consuelo Yoshida, os documentos da investigação, realizada pela PF por meio do núcleo de inteligência em Campo Grande, aponta condutas graves, que teriam “acarretado grave lesão patrimonial a uma coletividade de pessoas incautas e colocado em risco a credibilidade do sistema financeiro nacional”.
O pedido de habeas corpus de Sidinei dos Anjos Peró, preso pela PF e também apontado como líder, foi negado pelo TRF neste mês. A estimativa é que 25 mil pessoas caíram no golpe.
Ouro de Ofir – A operação investiga organização criminosa que vende ilusão: a existência de uma suposta mina de ouro cujos valores, repatriados para o Brasil, são cedidos, vendidos ou até mesmo doados mediante pagamento.
Em geral, o investimento inicial era de mil reais para um resgate financeiro futuro de R$ 1 milhão. Mas há quem tenha investido R$ 500 mil. Ouro de Ofir, nome da operação, é baseado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Mas nem ouro e nem cidade foram localizados.
Fonte: Do Campo Grande News
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