Moro nega suspeição e diz que Cunha "beira a irresponsabilidade"
O juiz federal Sérgio Moro negou uma exceção de suspeição apresentada contra ele pelo ex-presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (MDB), preso desde outubro de 2016 e Moro no âmbito da Operação Lava Jato.
A defesa de Cunha elencou dez motivos pelos quais Moro seria suspeito para julgá-lo, afirmando que o juiz decretou a prisão do deputado para “alavancar sua popularidade”, e que tinha o objetivo de forçar uma delação premiada do ex-presidente da Câmara.
Moro publicou sua decisão no último dia 21 de fevereiro, em que disse ser “inequívoco” o direito da ré em questionar a parcialidade do julgador, mas alegando que os argumentos apresentados pela defesa de Cunha “beiram a irresponsabilidade”.
“Entendo não obstante que esse direito deveria ser exercido com prudência e sabedoria. De pronto, salta aos olhos que a exceção está fundada em diversos argumentos destituídos de mínima demonstração”, afirma o magistrado.
“A exceção é manifestamente improcedente reproduzindo argumentos manifestamente improcedentes de exceção pretérita e que já foi rejeitada por unanimidade na Corte de Apelação ou veiculando argumentos sem a mínima demonstração e que beiram a irresponsabilidade”, concluiu.
Fonte: Joaquim Padilha / Midiamax
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