Petrobras sofre ação nos EUA por perdas com títulos; ações despencam

26/12/2014 17:15 Justiça

(Reuters) - A Petrobras, sua presidente Maria das Graças Foster e alguns de seus executivos estão sendo processados judicialmente nos Estados Unidos por investidores que compraram títulos da dívida, em meio a denúncias de corrupção envolvendo a petroleira.

As notícias sobre o assunto ajudaram a derrubar as ações da companhia, que fecharam em queda de mais de 6 por cento nesta sexta-feira, no caso das preferenciais.

Em meados de dezembro, as ações atingiram seu nível mais baixo em quase 10 anos, com denúncias de um suposto esquema de corrupção, que levou a empresa a atrasar a publicação dos seus resultados financeiros do terceiro trimestre.

A Petrobras já foi processada por vários investidores norte-americanos que compraram recebidos de ações vendidos pela empresa em Nova York.

O último caso foi registrado em 24 de dezembro, em um tribunal federal de Manhattan, pelo escritório de advocacia Labaton Sucharow, em nome da cidade de Providence, Rhode Island, que investiu na Petrobras.

A ação envolve títulos no montante de 98 bilhões de dólares vendidos Petrobras desde 2010, e qualquer julgamento ou acordo beneficiaria os investidores que compraram esses papéis.

Dentre as denúncias, está a ideia de que a empresa distorceu de forma relevante o valor real dos seus ativos em documentos aplicados para a oferta de títulos.

Tal alegação não exige a prova de que as distorções tenham sido feitas com conhecimento de causa e permite que os demandantes citem como réus os bancos brasileiros e internacionais que realizaram a venda desses títulos.

Ao contrário das ações coletivas anteriores por detentores de ADR, a mais recente ação também cita como réus executivos da Petrobras, incluindo a presidente, Maria das Graças Foster.

Procurada, a Petrobras disse que a empresa não notificada oficialmente da ação de classe, arquivada na véspera de Natal.

Até agora, a Justiça acatou denúncias contra 39 pessoas por acusações que incluem corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

(Reportagem de Walter Brandimarte, em São Paulo, e Tom Hals, em Wilmington, Delaware)

Fonte: R7

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