Por que Gilmar Mendes negou habeas e manteve preso operador do PSDB

20/04/2018 21:40 Justiça
Foto: ROBSON FERNANDJES/AE
Foto: ROBSON FERNANDJES/AE

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes rejeitou pedido liminar de liberdade de Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa apontado como operador do PSDB na Lava Jato. Vieira de Souza foi preso na sexta-feira, 6, por ordem da juíza federal Maria Izabel do Prado, de São Paulo, sob suspeita de estar ameaçando testemunhas de ação penal que responde por supostos desvios de R$ 7,7 milhões. A Procuradoria da República acusa formalmente Vieira de Souza por quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação.

Vieira de Souza foi diretor de engenharia da Dersa entre 2009 e 2011 (governos José Serra e Geraldo Alckmin).Personagem emblemático, ele é apontado como arrecadador de recursos para campanhas do PSDB.

O ex-diretor também é investigado em inquérito no Supremo por supostos pedidos de propina para empreiteiras que fizeram obras do Trecho Sul do Rodoanel a título de repasses para o PSDB.

Em sua decisão, Gilmar destacou que ‘o acordo entre a CBPO Engenharia Ltda, ligada ao Grupo Odebrecht, e a Dersa teria ocorrido no início de 2009’. “De acordo com o depoimento do colaborador, 15% (quinze por cento) de cada parcela seriam repassados ao PSDB.”

A defesa pedia para que todas as investigações contra o ex-diretor da Dersa subissem para o Supremo Tribunal Federal e que fosse considerada ilegal sua prisão na Lava Jato.

“Assim, numa primeira vista, o objeto da investigação e da ação penal é diverso. A tese da defesa, no sentido de que a conexão decorre do PIC 944, precisa ser melhor esclarecida”, anotou o ministro.

Gilmar pediu informações à Procuradoria da República ‘sendo que esta deverá informar sobre o PIC 1.34.001.00944/2017-90’.

“Ante o exposto, indefiro, por ora, a medida liminar”, concluiu.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE PAULO VIEIRA DE SOUZA

A reportagem está tentando contato com a defesa. O espaço está aberto para manifestação.

Fonte: Luiz Vassallo e Fausto Macedo / Estadão

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