STJ substitui prisão de Joesley e Wesley Batista por medidas cautelares

20/02/2018 22:09 Justiça
Os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo J&F - Crédito: (Zanone Fraissat/Folhapress/Arquivo)
Os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos do grupo J&F - Crédito: (Zanone Fraissat/Folhapress/Arquivo)

A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) substituiu nesta terça-feira, dia 20 de fevereiro, a prisão preventiva dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, por medidas cautelares. Na prática, Wesley deixará a prisão, mas Joesley seguirá preso por ter um segundo mandado de prisão contra ele.

Pela decisão do STJ, Wesley Batista:

# Terá de comparecer em juízo e manter endereço atualizado;
# Ficará proibido de se aproximar ou ter contato com outros réus e testemunhas;
# Ficará proibido de ocupar cargo no conjunto de empresas envolvidas no caso;
# Ficará proibido de deixar o Brasil sem autorização;
# Será submetido a monitoração eletrônica.

A decisão, por 3 votos a 2, foi tomada no âmbito do processo em que Wesley e Joesley são réus, acusados de ganhos ilegais no mercado financeiro.

Entenda as prisões - Os irmãos Batista fecharam, no ano passado, acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato.

Em setembro, porém, a Procuradoria Geral da República suspendeu os acordos de Joesley Batista e de Ricardo Saud, outro delator do grupo, por suspeita de omissão de informações nos depoimentos – Joesley e Saud foram presos por esse motivo.

A rescisão das delações, contudo, ainda depende de uma decisão do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da Lava Jato na Corte.

No caso de Wesley Batista, o empresário foi preso, também em setembro, por suspeita de usar informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro, o chamado "insider trading".

Denúncias contra políticos - Com base nas informações dadas pelos dois irmãos e por mais executivos da J&F, a PGR ofereceu duas denúncias contra o presidente Michel Temer e uma denúncia contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) em 2017.

No caso de Temer, o STF só poderia analisar as denúncias se a Câmara dos Deputados autorizasse, mas a maioria dos parlamentares rejeitou o prosseguimento dos dois processos no ano passado.

Fonte: G 1 / Dourados News

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