Terenas ameaçam entrar em 5 fazendas a qualquer momento
Lideranças indígenas afirmam que avançarão com os protestos e prometem a qualquer momento retomar as cinco propriedades que estão na área na qual está localizada a fazenda Buriti, entre Sidrolândia e Dois Irmãos do Buriti - a 83 km da Capital. A ameaça foi feita durante protesto que reuniu cerca de 500 índios na manhã desta segunda-feira (5) na região.
A ação foi desencadeada depois que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve posicionamento anterior da Justiça apontando que a área na qual está localizada a fazenda não é terra indígena. Com isso, reacenderam-se ânimos na região que culminaram - em 2013 -, em confronto com a polícia durante reintegração de posse no qual houve a morte do terena Oziel Gabriel.
O líder Otoniel Terena - irmão do indígena morto em 2013 – revela que os índios já estão mobilizados próximos as propriedades e o protesto desta segunda-feira foi apenas um “aviso”.
“Mostramos que estamos vivos e não vamos desistir do que é nosso. Isso foi apontado em três estudos reconhecidos. O judiciário ignorou isso e quebrou um acordo de que nenhuma decisão seria tomada. Então nós também poderemos quebrar o acordo de que não avançaríamos”, ameaça o líder.
Decisão - A 1ª Turma do STJ se manifestou sobre o caso na terça-feira (27 de fevereiro) quando, por unanimidade, manteve decisão de 2016 da ministra relatora, Regina Helena Costa, que negou recurso à União à manifestação do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) –que em março de 2015 negou pleito da União para expandir dos cerca de dois mil hectares para mais de 17 mil a reserva indígena Buriti, englobando a área em conflito.
Desde as ocupações e a morte de Oziel em 2013, que desencadearam uma série de reuniões junto ao governo federal em torno de uma solução em torno da Terra Indígena Buriti, índios sustentam que têm cumprido o acordo de não avançar sobre outras propriedades rurais além daquelas em que já haviam entrado. A fazenda Buriti, do produtor rural Ricardo Bacha, seguiu ocupada.
Fonte: Guilherme Henri / Campo Grandes News
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