Jovem que cometeu suicídio em Itaporã teria sido molestada durante a infância
Chegou ao conhecimento da equipe do iFato, através de publicações em redes sociais, que Ana Flavia Mendes Ferreira, que cometeu suicídio na última sexta-feira (06), tenha sido molestada pelo padrasto durante sua infância e isso teria motivado o ato de tirar a própria vida.
O fato foi relatado por uma amiga de Ana Flávia. Ela postou foto da tela de uma conversa com a amiga, onde ela relata que o padrasto (não identificado) batia e a molestava, e a mãe não a defendia.
Ana encerra o texto relatando, “eu sempre vou me odiar, me culpar, porque isso foi a minha infância vei. E todas palavras, todas lembranças ruins… Vai estar aqui me sufocando… E se eu continuar aqui só vai ser pior para mim”. [sic]
A equipe do iFato procurou o Delegado Marcius Geraldo Santos Cordeiro, que relatou já ter ciência das postagens e que estão serão inseridas no inquérito, “estamos com os prints das postagens e vamos chamar todas as pessoas que fizeram comentários pertinentes ao caso para dar depoimento”.
Na postagem, moradores pedem por justiça, e o Delegado afirma que mesmo com a morte da jovem, indícios e relatos podem serem suficientes para apontar a autoria dos abusos.
O caso
Ana Flávia cometeu suicídio ao ingerir Cianeto de prata e potássio, substância altamente tóxica, mas que tem sua venda liberada no Brasil. Ela chegou a ser socorrida ao Hospital Municipal, mas deu entrada na unidade já em óbito.
Seguindo teorias de estudiosos sobre o assunto, o iFato adotava não publicar casos de suicídios, assim evitando a proliferação da informação, que pode encorajar pessoas que estejam pensando em cometer o ato, a executá-lo. Por outro lado, os casos acontecem rotineiramente e é um assunto que tem que ser relatado pela mídia, para, posteriormente, ser abordado mais facilmente nas famílias, assim podendo evitar novos casos deste triste extremo da vida.
O ato cometido por Ana Flavia, assemelha-se ao de Aline Ferreira Salomão, ocorrido em maio de 2017, com idades próximas e postagens alusivas a suicídio nas redes sociais.
Fonte: Aislan Nonato, do iFato
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